O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou a invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro, dando início à crise militar mais grave na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.

Pouco dias depois deste ato belicoso, mais precisamente em 03 de março de 2022, a Federação Filatélica Internacional (FIP) publicou uma condenação à invasão russa da Ucrânia, que inclui uma recomendação aos comitês organizadores das exposições FIP, realizadas em 2022, para excluir os trabalhos apresentados por filatelistas provenientes da Rússia e da Bielorrússia de tais eventos, bem como, a atuação de jurados oriundos destas nações. Segundo a nota a medida objetiva:
“evitar qualquer possível protesto”.
Os reembolsos de taxas correspondentes devem ser feitos, recomenda a FIP no referido documento.
Tal medida, entretanto, nos parece deveras descabida pois, em nosso entender, a mesma contradiz a natureza apolítica da filatelia, bem como, a essência de nosso hobby que é, em última análise, uma eterna declaração de paz e de tolerância entre as nações.
Além do mais, a medida pune, na prática, unicamente os filatelistas dos dois países, que não podem apresentar suas coleções ou participar como jurados destas, sem que os mesmos tenham o condão de impor, aos seus governos, qualquer mudança de conduta.
Sem dúvida, em que pese a necessidade de lutarmos pela paz, o que concordamos plenamente, mas mas não às custas de excluir um grupo de colegas que partilham do nosso hobby, pelo simples fato destes pertencerem a países cujos governos tomaram determinada decisão que nos parece errônea. Isto é grave, tão grave quanto a guerra, vez que ambas as medidas estão pautadas na intolerância!
Antes de concluir a presente postagem vejamos a íntegra do profligado documento: