A Bélgica, através de sua autoridade postal, decidiu imortalizar filatelicamente o sufrágio universal, introduzido localmente após a Primeira Guerra Mundial, para ser mais preciso em 1921, portanto um século atrás. Quando – lembre-se da história belga – as mulheres participaram nas eleições municipais de 24 de abril, tanto como eleitoras como como candidatas.
Neste mesmo ano, Marie Janson (23 de julho de 1873 – 08 de março de 1960), membro do Partido Socialista, foi eleita para o conselho municipal de Saint-Gilles, e no mesmo ano foi escolhida pelo executivo partidário, liderado por Émile Vandervelde, para servir no Senado belga. Ela continuou a servir como senadora cooptada até 1958. Seu longo serviço a levou a presidir a abertura do Senado em 11 de novembro de 1952.
Mas este processo não foi algo simples. Em primeiro lugar, elas (as mulheres) deveriam satisfazer critérios morais: por exemplo, prostitutas e adúlteras não podiam se expressar eleitoralmente; deve-se notar que tais critérios nunca foram impostos aos homens. E embora mais da metade dos eleitores fossem mulheres, elas representavam apenas um por cento dos eleitos. Em qualquer caso, foi necessário esperar até 1948 (portanto, outro conflito) para que eles entrassem no Parlamento. Atualmente este país europeu pode se orgulhar de uma presidência feminina tanto na Câmara quanto no Senado, mas as grandes cidades ainda não tiveram prefeitas.
Tratam-se de dois selos preparados por Myriam Voz e gravados por Guillaume Broux. O primeiro retrata Marie Janson; a outra emissão, o momento em que a cédula é depositada na urna. Estes novos selos são apresentados em mini folhas composta de cinco séries e vendidos a 10,70 euros. Esta novidade foi lançada no dia 14 de junho último.