Na Bélgica, a felicidade pode vir embalada em um cone de papel. É assim desde a época em que as terras deste pequeno reino pertenciam aos Países Baixos. Conta a lenda que foi no século XVII, após um inverno rigoroso na região de Namur, quando o rio Meuse congelou e não era possível pescar, que as batatas foram cortadas em forma de peixinhos e depois fritas, dando assim início à tradição.
Atualmente, quem visita Bruxelas quer experimentar as famosas batatas fritas belgas que, ao lado das cervejas e chocolates, formam a trindade do patrimônio gastronômico do país (sendo estas incluídas oficialmente em 2017). Nas barracas fixas (lojas) que as vendem nas ruas, chamadas de fritkot (que surgiram após a Segunda Guerra Mundial), as pessoas formam filas na hora do almoço.
O Bpost, operador postal da Bélgica, emitiu no dia 28 de agosto próximo passado, a série composta de cinco selos, que aqui reproduzimos, dedicada justamente aos fritkots.
As ilustrações desta novidade filatélica retratam:
✅ um fritkot vermelho dos anos 1950-1960 na Grand-Place de Bruges;
✅ um restaurante de batatas fritas que atendia às classes altas nas décadas de 1940-1950 em Liège;
✅ um antigo fritkot dos anos 1920 em Middelkerke;
✅ um fritkot dos anos 80-90 situado em uma floresta sob chuva; e
✅ um fritkot móvel de 1913 em Bruxelas que funcionava a carvão e era transportado à noite por cavalos.
O designer Geert Wille, idealizador da emissão, criou um recorte exclusivo para a apresentação da folha com os selos, algo similar ao que fez o Brasil, em 2018, em emissão dedicada aos Rádios Antigos. Uma vez dobrado, a mesma se transforma em uma miniatura de uma van de batatas fritas.
Este lançamento tem o custo total de 13,60 euros.