O Cante Alentejano é considerado Patrimônio Imaterial da Humanidade, pela UNESCO, desde 27 de novembro de 2014.
Trata-se de uma manifestação musical cujo o único instrumento é a voz humana.
É basicamente um canto coral, em que se alternam “ponto a sós” e o coro. O canto começa invariavelmente com um ponto cedendo o lugar ao alto e logo intervindo o coro em que participam também o ponto e o alto. E assim segue.
Os seus intérpretes executam-no de forma organizada ou informalmente. Os ranchos ou corais, a sua forma mais organizada, podem ser masculinos, femininos ou mistos, bem como, composto apenas de adultos ou de crianças, dentre outras variações possíveis.
Está associado ao Sul de Portugal, principalmente ao Baixo Alentejo, mas hoje, ultrapassa esta região pois podemos também encontrá-lo no Algarve, Alentejo Litoral, Central e Alto Alentejo, assim como nas periferias das cidades de Setúbal e Lisboa.

Os historiadores divergem em relação à origem do cante: pode afirma-se, contudo, que o gênero evoluiu ao longo do século XX.
Após a Segunda Guerra Mundial, a progressiva mecanização da lavoura, a generalização da rádio e da televisão, assim como o êxodo rural causaram o declínio do gênero.