O Paranthropus (“Paralelo ao Homem”) é um gênero extinto de hominídeos que viveu na África Oriental durante o Pleistoceno.
Em 17 de julho de 1959, Louis Leakey e sua esposa Mery, descobriram em escavações realizadas, desde 1931, no desfiladeiro de Olduvai Gorge, na Tanzânia, uma série de fragmentos deste hominídeo.
O achado pertencia a um homem de cerca de dezesseis anos e para designá-lo deu o nome de Leakey boisei Zinjanthropus, usando para compor esta denominação o nome em árabe da África Oriental (Zinj) e o sobrenome de Charles Boise, que foi aquele que financiou parte das escavações.
O bem conservado crânio, denominado também de Nutcracker Man, foi datado de há 1,75 milhões de anos atrás e mostrava ter características pertencentes aos australopitecíneos robustos.
E tal como outros membros pertencentes ao gênero Parantrhopus, o P. boisei caracterizava-se por apresentar um crânio especializado com adaptações a uma mastigação dura.
Os grandes ossos das maçãs do rosto fizeram com que este hominídeo tivesse um rosto bastante alargado e achatado. Também apresentava uma caixa craniana maior do que a do Paranthropus aethiopicus e o esmalte dentário mais espesso de todos os humanos primitivos conhecidos.
A capacidade craniana nesta espécie também sugere o aparecimento de um ligeiro aumento no tamanho cerebral (cerca de 100 centímetros cúbicos num milhão de anos).
As proporções dos membros, o tamanho relativo do membro superior e inferior, eram semelhantes aos dos Australopithecus afarensis que, somado a outras características os habilitam ao bipedismo.
Através de sua capacidade de produção de telhas, acabou denominado de Homo habilis.