A Diabetes é uma doença crônica e grave, que tem como principal característica a deficiência relativa à produção ou a ação da insulina produzida pelo pâncreas.
Essa deficiência causa um desequilíbrio no metabolismo do diabético principalmente em relação a glicose (açúcares), a gorduras e as proteínas presentes em sua corrente sanguínea.
Os sintomas são agudos, e se não houver o diagnóstico e tratamento adequados, as complicações decorrentes podem ser bem severas, e crônicas.

1) História
Em 3000 antes de Cristo, médicos egípcios descreveram casos de pessoas que urinavam muito e emagreciam até a morte.
Aretaeus, médico que viveu na Grécia entre os anos 80 d.C. e 138 d.C., criou o termo diabetes mellitus para fazer referência ao gosto adocicado da urina desses pacientes.
No ano de 1889, os alemães Oskar Minkowski e Joseph von Mering verificaram que a retirada do pâncreas de cachorros levava-os ao óbito por diabetes. Ficava demonstrado que a origem da doença estava ligada ao pâncreas.
Em 1921, logo depois da Primeira Guerra Mundial e da epidemia de gripe espanhola, o médico canadense Frederick Banting e o estudante de medicina Charles H. Best publicaram a prova definitiva.
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Injetaram em cachorros diabéticos, extratos de células das ilhotas de Langerhans retiradas do pâncreas de cachorros saudáveis, revertendo o quadro de diabetes.
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Cabe ainda lembrar, como decorrência de suas pesquisas, no dia 03 de março deste mesmo ano, Banting e Best anunciou assim a descoberta da insulina.
2) Tipos
Existem os seguintes tipos de diabetes: diabete tipo I, diabete tipo II e diabete gestacional.
Diabete Tipo I: também conhecida como diabetes juvenil, ou Mellitus, ocorre quando o pâncreas diminui ou para a produção de insulina. Ocorre em pessoas jovens, normalmente abaixo dos 35 anos, podendo inclusive acometer crianças. O diabético tipo I é insulinodependente, ou seja, depende da aplicação da insulina que deixou de produzir, geralmente através de uma ou mais injeções de insulina por dia. O tratamento consiste, portanto, da reposição da insulina, de dieta alimentar, sendo abolidos da alimentação os doces e evitando alimentos gordurosos, pelo acompanhamento médico e controle da glicemia.
Diabetes tipo II: é conhecida como diabete de adultos, por ocorrer em pessoas acima dos 40 anos. Tem como característica principal a resistência das células a ação da insulina. A diabete tipo II não torna a pessoa insulinodependente, e ocorre geralmente em pessoas acima do peso. O tratamento indicado nesse caso é a dieta alimentar, abolindo doces e evitando alimentos gordurosos, e o uso de medicamentos orais, que permitem controlar a glicemia.

Diabetes gestacional: ocorre somente durante a gestação, sendo que depois do nascimento do bebê, a doença desaparece. Tem as mesmas características do diabetes tipo II. O tratamento consiste em dieta alimentar e, eventualmente, podem ser necessárias injeções de insulina.
Os sintomas são os mesmos em todos os tipos de diabetes, vejamos:
✅ Urina frequente, inclusive durante a noite
✅ Sede excessiva
✅ Fome exagerada
✅ Cansaço, fadiga e tontura
✅ Presença de glicose na urina
✅ Perda de peso inexplicável
✅ Demora para cicatrizar feridas e machucados
✅ Alterações na visão, visão borrada
✅ Frequência de infecções mais alta do que a normal
As complicações na saúde do diabético são várias, como, por exemplo, a deficiência renal e visual, causada pelo excesso de açúcar no sangue.
Temos também o pé diabético, uma causa recorrente de amputação de membros em pacientes diabéticos.
Diabetes é uma doença que não tem cura, porém, nos últimos anos a qualidade de vida dos diabéticos aumentou bastante.

O Dia Mundial do Diabetes é comemorado anualmente no dia 14 de novembro.

(Postagem atualizada em 03/03/2019)