Com o advento do golpe parlamentar de 2016, doenças já erradicadas voltaram a ser motivo de preocupação entre autoridades sanitárias e profissionais de saúde em nosso combalido país.

Ao tempo do governo anterior, eleito com voto popular, o Brasil recebeu da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) o certificado de eliminação da circulação do vírus.

Dados do Ministério da Saúde mostram entretanto, um grande retrocesso, com baixas coberturas vacinais, ou seja, baixa imunização, por parte do governo golpista, …

(Flâmula)

… com grandes riscais a saúde de nossas crianças e população em geral, que não são, pelo que se depreende, prioridades para a nova gestão.

A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM), por sua vez, defende uma taxa de imunização de 95% do público-alvo.

Confira as principais doenças que ensaiam um retorno ao Brasil, nesta nova era pouco democrática, colocando-nos ao lado de países pobres da África, caso as taxas de imunização por vacinação não sejam ampliadas a níveis satisfatórios.

Sarampo
O sarampo (measles / rougeole) é uma doença infecciosa aguda, de natureza viral, grave, transmissível e extremamente contagiosa.

Complicações infecciosas contribuem para a gravidade do quadro, particularmente em crianças desnutridas e menores de um 1 ano de idade.

Os sintomas incluem febre alta acima de 38,5°C; erupções na pele; tosse; coriza; conjuntivite; e manchas brancas que aparecem na mucosa bucal, conhecidas como sinais de Koplik e que antecedem de um a dois dias antes do aparecimento da erupção cutânea.
A transmissão do sarampo acontece de quatro a seis dias antes e até quatro dias após o aparecimento do exantema (erupção cutânea). O período de maior transmissibilidade ocorre dois dias antes e dois dias após o início da erupção cutânea.
Poliomielite
Causada por um vírus que vive no intestino, o poliovírus, a poliomielite (poliomyelitis / poliomyélite) …

… geralmente atinge crianças com menos de 4 anos de idade, mas também pode contaminar adultos.

A maior parte das infecções apresenta poucos sintomas e há semelhanças com as infecções respiratórias como febre e dor de garganta, além das gastrointestinais, náusea, vômito e prisão de ventre.

Cerca de 1% dos infectados pelo vírus pode desenvolver a forma paralítica da doença, que pode causar sequelas permanentes, insuficiência respiratória e, em alguns casos, levar inclusive à morte.

Como grande marco no combate desta doença, o Dr. Albert Sabin, em 1961, desenvolveu uma vacina oral contra a poliomielite (OPV), …

… que se tornou rapidamente na vacina mais utilizada na maioria dos programas nacionais de imunização em todo o mundo (inclusive aqui no Brasil).

Rubéola
A rubéola (Rubella / Rubéole) é uma doença aguda, de alta contagiosidade, transmitida pelo vírus do gênero Rubivirus. A doença também é conhecida como sarampo alemão.
No campo das doenças infectocontagiosas, a importância epidemiológica da rubéola está associada à síndrome da rubéola congênita, que atinge o feto ou o recém-nascido cujas mães se infectaram durante a gestação. A infecção na gravidez acarreta inúmeras complicações para a mãe, como aborto e natimorto (feto expulso morto) e para os recém-nascidos, como surdez, malformações cardíacas e lesões oculares.
Os sintomas da rubéola incluem febre baixa e inchaço dos nódulos linfáticos, acompanhados de exantema. A transmissão acontece de pessoa para pessoa, por meio das secreções expelidas pelo doente ao tossir, respirar, falar ou respirar.

A vacina para esta doença deu-se por conta do trabalho do virologista Thomas Weller.
Difteria
A difteria (diphtheria / diphtérie) é uma doença transmissível aguda causada por bacilo (Corynebacterium diphtheriae) que frequentemente se aloja nas amígdalas, na faringe, na laringe, no nariz e, ocasionalmente, em outras mucosas e na pele.

A presença de placas branco acinzentadas, aderentes, que se instalam nas amígdalas e invadem estruturas vizinhas é a manifestação clínica típica da difteria.

(Sem picote)

A transmissão acontece ao falar, tossir, espirrar ou por lesões na pele. Portanto, pelo contato direto com uma pessoa enferma. O período de incubação da difteria é, em geral, de um a seis dias, podendo ser mais longo. Já o período de transmissibilidade dura, em média, até duas semanas após o início dos sintomas.

A vacina contra esta infermidade deu-se graça aos trabalhos de Emil von Behring (1854-1917) e Shibasaburo Kitasato (1853-1931).

(Postagem atualizada em: 26/II/2022)

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