“Nada torna a mente estreita e invejosa como o hábito de colecionar.” (Stendhal)
Marie-Henri Beyle, conhecido pelo pseudônimo Stendhal, nasceu em Grenoble em 23 de janeiro de 1783.
Em 1799, mudou-se para Paris e, por intermédio de um primo que trabalhava no Ministério da Guerra, obteve um cargo no exército napoleônico.

Um ano depois, alistou-se em seu regimento no norte da Itália, país que amava mais que o seu.

A seguir, trabalhou intermitentemente no setor administrativo do exército, o qual acompanhou, em 1812, na desastrosa invasão da Rússia.
Depois da queda de Napoleão, Stendhal fixou-se em Milão e começou a escrever, mas, em 1821, como as autoridades austríacas suspeitassem que ele fosse espião francês, retornou a Paris. Lá publicou um estudo psicológico, De l’amour, um primeiro e malsucedido romance, Armance, e, em 1830, sua primeira obra-prima, O vermelho e o negro.

Tendo aderido à “revolução” daquele ano, solicitou um cargo público ao novo regime e foi nomeado cônsul francês em Civitavecchia, nas proximidades de Roma. Em 1838, de volta a Paris em prolongada licença, escreveu sua segunda obra-prima, A cartuxa de Parma. Com a saúde abalada, retornou pela última vez a Paris em 1841 e faleceu em 23 de março do ano seguinte. Várias obras autobiográficas, seu Journal, assim como Souvenirs d’égotismo e notadamente um relato de sua juventude, La Vie de Henry Brulard, foram publicados postumamente.