Nascida no Centro Histórico de Salvador (Bahia), em 10 de fevereiro de 1894, Mãe Menininha do Gantois, como ficou conhecida Maria Escolástica da Conceição Nazaré, teve como pais Joaquim e Maria da Glória. Descendente de escravos africanos, ainda criança foi escolhida para ser Iyálorixá no terreiro Ilê Iyá Omi Axé Iyamassê, fundado em 1849 por sua bisavó, Maria Júlia da Conceição Nazaré, cujos pais eram originários de Agbeokuta, sudoeste da Nigéria.

(Carimbo Comemorativo)

Foi a quarta das Iyálorixá do Terreiro do Gantois e a mais famosa do País. Filha da Orixá Oxum, foi iniciada no culto de Candomblé de raiz Keto aos oito anos de idade, assumindo definitivamente o terreiro aos 28. Foi uma das principais articuladoras do término das restrições a cultos impostas pela Lei de Jogos e Costumes de 1930, que condicionava a realização de rituais religiosos à autorização policial e limitava o horário de término destes às 22 horas.

(Carimbo Comemorativo)

Foi um admirável símbolo da luta pela aceitação do candomblé pela elite cultural brasileira, para tanto Mãe Menininha abriu as portas do Gantois aos brancos e católicos. Nunca deixou de assistir às celebrações de missa e convenceu os bispos baianos a permitirem a entrada de mulheres – inclusive ela – vestidas com as roupas tradicionais das religiões de matriz africana nas igrejas.

(Carimbo Comemorativo)

A Iyálorixá desencarnou de causas naturais, no dia 13 de agosto de 1986, com 92 anos de idade.

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