Em 11 julho de 1897 o engenheiro sueco Salomon August Andrée (Gränna, 18 de outubro de 1854 — Kvitøya, Svalbard, outubro de 1897) decolou a bordo de um balão de hidrogênio, a partir das ilhas Svalbard, localizada ao norte da Noruega, com a intenção de chegar ao Alasca, Canadá ou Rússia passando, obrigatoriamente, muito próximo ou mesmo sobre o círculo polar Ártico.
Investido de muita coragem e nenhuma prudência, Salomon, acompanhado de Nils Strindberg e Knut Frænkel, desapareceram no curso da expedição e assim permaneceram por 33 anos.
O fato é que o balão utilizado por eles foi confeccionado em Paris e entregue exatamente no dia da partida sem ser testado. Além disso, o sistema de guiar o balão por meio de cordas, proposto por Salomon, era completamente ineficiente. Na ocasião as medições também verificaram que o balão estava vazando mais do que o esperado.
Apenas dois dias depois de alçar voo o balão caiu no mar congelado próximo ao círculo ártico. A queda não foi grave e os homens puderam recuperar grande parte de seu equipamento. Curiosamente registraram a jornada, em 200 fotos, caminhando de volta ao sul durante três meses.
Os únicos meios de se comunicar com o mundo eram por meio de boias navais que jogaram ao longo do caminho e pombos correio. Apenas duas boias foram encontradas e, de quatro pombos, apenas um chegou ao seu destino. Alguns detalhes como estes são sabidos pois os homens escreveram relatos detalhados em seus diários.
Não se sabe ao certo do que padeceram os três exploradores, nesse período, mas evidências, muito tempo depois, apontam três teorias, a saber, acerca da causa de suas mortes:
✅ Trichinosis, doença causada por vermes presentes na carne mal cozida de ursos,
✅ envenenamento por excesso de vitamina A, presente no fígado dos ursos ou
✅ envenenamento por chumbo, presente nos enlatadas que levavam.
Os três inconsequentes aventureiros só foram encontrados 33 anos depois por uma expedição norueguesa que intentava estudar o círculo ártico. Os corpos foram assim recuperados e levados de volta a Suécia que, finalmente, soube do triste destino do grupo.