Gustave Eiffel nasceu no dia 15 de Dezembro de 1832, em Dijon (interior da França), no seio de uma família abastada de origem germânica. O seu pai era um oficial militar casado com uma herdeira de industriais de madeira e de minas de carvão.

Em 1843, Gustave Eiffel entrou para o ‘Collège Sainte Barbe’, tendo frequentado, a partir de 1852, a Escola Central de Artes e Ofícios de Paris, onde obteve resultados brilhantes, adquirindo o diploma de engenheiro químico ao final. Eiffel trabalhou durante alguns meses numa fábrica de pólvora e numa companhia de estradas-de-ferro.
A partir de 1856, tornou-se no braço direito de Charles Nepveu, um construtor de máquinas a vapor e de material para ferrovias. Graças ao progresso da metalurgia, a construção metálica teve nesta época um grande impacto. Seu interesse pelo novo material, o aço, crescia desde os tempos da graduação e aumentou ainda mais graças à notável resitência deste metal às novas exigências da construção civil de seu tempo.
Este jovem engenheiro fez o seu primeiro grande trabalho, a ponte ferroviária de Bordéus, com apenas 26 anos, obra que o tornou reconhecido.

(Franquia Mecânica)

Em 1862, Eiffel, com um futuro promissor, casou-se com Marie Gaudement, filha de um rico mestre cervejeiro, dono várias fábricas deste produto. Alguns anos mais tarde, seguro da sua experiência, decidiu estabelecer-se por conta própria e abriu algumas empresas.
Trabalhou para várias companhias de estradas-de-ferro, não só na França, bem como no mundo inteiro. Associado a Théophile Seyrig, construiu o Viaduto da linha Commentry-Gannat e a partir de 1872 começaram a surgir propostas de outros países. São exemplos a Estação Ferroviária de de Budapeste (Hungria, 1877) e a audaciosa Ponte D. Maria Pia sobre o Douro, no Porto (Portugal, 1875-77), o que lhe conferiu fama internacional em estruturas metálicas.
Até então, as únicas experiências com o aço como estrutura principal de construções de grande porte havia sido as pontes de Thomas Paine, no final do seculo XVIII.
Para além destas importantes obras que asseguraram grandemente a publicidade da empresa, Eiffel realizou a estrutura metálica de muitos edifícios, a Sinagoga da “Rue des Tournelles” em Paris, fábricas de gás, a loja “Le Bon Marche”, a sede do “Crédit Lyonnais” em Paris, a estrutura interna da Estátua da Liberdade do escultor francês Frederic Bartholdi, ofertada aos Estados Unidos por conta do centenário de sua independência em 1876. A Estátua foi entregue em 1886.
Foi desenvolvendo projetos para estruturas metálicas em outros países que ele concebeu o Farol de Salinópolis, no Pará (Brasil), com 50 m de altura, formado por um tubulão central e estais laterais, e de cuja construção participou outro engenheiro francês. Da mesma forma, ele projetou o Farol de São Tomé, em Campos dos Goytacazes, Estado do Rio, cuja inauguração ocorreu em 29 de julho de 1882, em homenagem ao aniversário da Princesa Isabel.

Entretanto, o auge da sua carreira de construtor foi quando construiu sua obra mais célebre: a torre de 300 metros de altura à qual foi atribuída o seu nome. Este monumento foi realizado para celebrar o centenário da Revolução Francesa na Exposição Universal de 1889.

Após dois anos de trabalho intenso, a Torre Eiffel foi finalmente inaugurada a 31 de março de 1889, com muito sucesso, e aberta ao público a 15 de maio desse ano.

No entanto, para assegurar a imortalidade da sua obra, deu-lhe uma utilização científica: a telegrafia sem fio e as experiências do Gerenal Ferrié em 1902.
A torre foi posta à disposição do Ministro da Guerra em 1903. Em 1934, a Torre Eiffel serviu de antena à 1.ª emissão de televisão do mundo.

Depois de aposentado como construtor, Gustave Eiffel continuou trabalhando, mas desta vez na construção de um atlas meteorológico depois em experiências na área da aerodinâmica.

Gustave Eiffel faleceu a 28 de dezembro de 1923, em Paris, deixando-nos uma extensa e importante obra.

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