Quando da visita do Presidente Harry S. Truma dos Estados Unidos, ao Brasil, ocorrida em 1947, em 1.º de setembro, por ocasião da Conferência Interamericana de Defesa Mútua, realizada nas dependências do Hotel Quitandinha, em Petrópolis, os correios brasileiros emitiram o selo comemorativo, que ilustra a chamada desta postagem, em homenagem aquele mandatário, com uma tiragem de 1.000,000 de exemplares. Como podemos ver no desenho produzido com traços de Bernardino Lancetta, o artista postal coloca, em evidência, a esfinge do líder americano à esquerda, tendo à direita a Estátua da Liberdade, e entre os dois, o mapa da América do Sul, onde se destaca o Brasil.
Porém a descrição da emissão consoante ato datada de 23 de agosto de 1947, da lavra de Carlos Luís Taveira, então Diretor de Correios publicada, no Diário Oficial não está compatível com o desenho do selo. Segundo podemos ler na publicação oficial:

“a) Na parte superior, em caracteres cheios – vêem-se as palavras ‘Brasil Correio’ superpostas;
b) Na parte inferior, distingue-se em caracteres brancos, a inscrição ‘Visita do Presidente Truman’, seguida do valor ’40 cts.
c) À direita, destaca-se a efígie do Presidente Harry Truman;
d) À esquerda, vê-se a estátua da Liberdade com o facho espargindo raios em direção da carta da América do Sul, da qual se destaca o Brasil;
e) Acha-se em caracteres cheios, à direita do valor, a era ‘1947’.”

Além desta incongruência que podemos constatar entre os registros oficiais e a emissão efetivamente impressa, enganos produzidos, provavelmente, por ocasião da confecção da chapa de impressão, outra peculiaridade, nesta mesma linha, merece destaque.

O repartido do penteado presidencial saiu do lado direito no selo postal brasileiro, enquanto Truman o usava do lado esquerdo, como constam de fotos da época.

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