“Um erro, em gramática, é um solecismo; em teologia pode chegar a ser uma heresia; em poesia chama-se “pé-quebrado”; em música é uma desafinação ou fífia; em pintura é causa de riso; em arquitetura, de ruína; no comércio pode invalidar um contrato; em filatelia pode valer uma fortuna”. (Autor desconhecido)

Consultando um dicionário de língua portuguesa de uso comum, vemos que erro é:

“… uma consequência de uma ação inesperada, sem planejamento, conhecimento. Pode ser uma falha humano (sic) ou por equipamento. “ (http://www.dicionarioinformal.com.br/erro/)

O verbete erro, aplicado a filatelia, por sua vez, encerra a noção de que um selo ou peça filatélica determinada possui características diversas (diferentes) das que deveria ter, tomando por referência, o exemplar idêntico que foi realmente emitido, por variadas razões.

Assim, podemos afirmar que no geral, os erros filatélicos ocorrem por incúria ou falha de impressão. Estes podem materializar-se na prática: no deslocamento de uma parte ou de todo o desenho, na falta de uma parte deste ou de suas legendas, na ausência de uma ou várias cores, na impressão da imagem no lado oposto aquele que deveria ocorrer, no emprego de papel diferente daquele escolhido para a impressão, na divergência de picotagem ou mesmo na sua ausência, dentro outra razões.

A inclusão de erros, em nosso trabalho temático, é operacionalizado em nome da busca pela raridade, mas não somente. As mesmas presentes em nossa coleção permitem-nos demonstrar os conhecimentos de cunho filatélicos. Para tanto, podemos incluí-las como parte de estudos, apresentado sem tolher o desenvolvimento  temático, de forma comparativa com a emissão padrão. Vejamos:

Podemos também empregá-las de forma criativa, como linkagem temática para o desenvolvimento, como observamos nos exemplos que seguem. Logo a seguir apresentamos uma passagem da coleção de Damian Läge, em que este filatelia alemão usa a emissão borrada ou dupla de um dos selos para referenciar a regulagem do binóculo, no momento da observação de uma ave:

No primeiro (Passagem da coleção de Damian Läge)

Outro exemplo, pode ser colhido em nossa coleção de petróleo, em que as ausências sucessivas de cor no selo brasileiro que retrata a refinaria, com esmaecimento da coloração do mesmo, nos permite trazer a ideia do desaparecimento do petróleo. Isto é, o ouro negro está caminhando para o desaparecimento, tal qual a cor está desaparecendo no selo.

Em conclusão, os erros e o seu emprego na coleção temática, são uma das muitas razões que tornam nosso passatempo este misto de arte e de ciência apaixonante.

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