Segundo contam, numa tarde, com apenas 15 anos, Luis Manuel Ferri Llopis, nome de batismo do artista Nino Bravo, cantou a plenos pulmões a música “Libero” de Domenico Modugno, provocando a surpresa e satisfação daqueles que puderam ouvi-lo.
Em 1961, formou o grupo musical “Los Hispánicos” com seus amigos Salvador Aranda e Félix Sánchez, com quem participou do concurso radiofônico “Fiesta”, chegando à final e ficando em segundo lugar.
Mais tarde, juntou-se ao grupo “Los Superson”, com os quais obteve grande sucesso. Após o serviço militar, Miguel Siurán, locutor da emissora valenciana “Rádio Popular” e diretor da revista “Mundo Musical”, apostou nele como um talento musical e o batizou como nome artístico pelo qual ficou conhecido. Sua apresentação oficial foi em março de 1969 no Teatro Principal de Valência, onde conquistou o público desde a primeira música.
No início de 1970, participou do II Festival da Canção Espanhola para escolher o representante nacional no Eurovision. Embora sua música “Esa será mi casa” tenha recebido grande aplauso do público, foi Julio Iglesias quem venceu o certame.
O grande sucesso chegaria com “Te quiero, te quiero”, com o qual lançou seu primeiro LP. Em seguida, vieram outras músicas que o confirmaram como o grande cantor que foi, como “Un beso y una flor” ou a que é quase um hino, “Libre”.
Na sua curta carreira, de apenas 3 anos este cantor valenciano gravou mais de cinquenta canções. Em dois anos consecutivos vence o troféu “Olé”, ganhando vários prêmios através de festivais como o Viña del Mar, New Wave, Rio de Janeiro, Atenas ou Montreux.
Em 16 de abril de 1973, sofreu um trágico acidente durante uma viagem de Madrid a Villarrubio, na região de Tarancón, falecendo aos 28 anos.
A emissão postal, com tiragem de 10.000.000 exemplares e valor facial correspondente a tarifa A (0,82 euros), que hoje resenhamos, lançada no dia 29 de janeiro último pela autoridade postal espanhola, destaca o legado deste singular cantor e marca os 50 anos de seu trágico desaparecimento.