Em 24 de janeiro de 1928, nasceu na cidade de Norwalk, no sul californiano, a artista Ruth Asawa, filha de imigrantes japoneses. Após a Segunda Guerra Mundial, sua família foi detida em um campo de internação nipo-americano. Sem se deixar abater, ela continuou a estudar arte e mais tarde frequentou uma universidade no estado Milwaukee, pois os japoneses eram proibidos de frequentar a faculdade na Califórnia.
Asawa ficou muito conhecida devido às suas esculturas de arame. Peças com extremas singularidades e muito minuciosas. Mas algumas de suas obras mais icônicas são projetos de larga escala implementados em espaços públicos, como as que fez para o Memorial Nipo-Americano em São Francisco e para o Garden of Remembrance da San Francisco State University. Outra particularidade da artista que encanta é a forma pela qual era apaixonada pela questão educativa nas artes. Inclusive ajudou a fundar uma escola de artes no estado que tempos depois foi renomeada em sua homenagem, virando a Escola de Artes de Ruth Asawa.
A essência da arte em arame de Asawa tem a ver com transparência e interpenetração, sobreposição, sombra e escurecimento. Suas formas aparecem simultaneamente por dentro e por fora, algumas vezes revelando seu espaço interior, outras vezes o exterior. Essa perspectiva de mudança torna as formas dinâmicas e oferece uma qualidade de visão em movimento. Pendurar trabalhos individuais em série adiciona mais camadas de complexidade, à medida que as composições sobrepostas se tornam obras de arte, que mudam à medida que o espectador muda de posição.
Ruth Asawa criou seis filhos enquanto trabalhava em um estúdio em casa. A dificuldade em separar a arte e a vida não foi, porém, um empecilho. Isso se tornou algo intencional e refletia seus ideais. De maneira profunda, a vida interior e exterior de Asawa estavam tão entrelaçadas quanto suas esculturas de arame. O trabalho de Asawa podem ser visto nas nas coleções do Museu Solomon R. Guggenheim e do Museu Whitney de Arte Americana, em Nova York. A artista faleceu em 05 de agosto de 2013.

Com a série, composta de 10 selos, emitida no último dia 13 de agosto, que ilustra nossa postagem de hoje, os Correios dos Estados Unidos da América prestam sua homenagem a Asawa e a seu trabalho.
As obras representadas nos selos são na maioria da década de 50, mas há também de outros anos. O trabalho fotográfico foi de Laurence Cuneo e Dan Bradica, e a fotografia de Asawa na folha foi tirada por Nat Farbman em 1954 para a revista Life.

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