Desde a adolescência, o médico oftalmologista aposentado Helion de Mello e Oliveira tem a filatelia, ou seja, o ato de colecionar selos, como passatempo predileto. Primeiro presidente do Centro Temático de Campinas (CTC), organizou a coleção ‘Eu, A Abelha’ que já foi exposta em Santos, Piracicaba, São Paulo, Brasília, Recife, Buenos Aires (Argentina) e em Porto (Portugal).
Por meio da coleção, o filatelista mostra a história, as alegrias e as mudanças que as abelhas enfrentam em sua curta e laboriosa vida.
Ele conta que começou a juntar selos de cartas da família ainda criança e depois foi aprendendo sobre a verdadeira arte de colecioná-los, que engloba diversas regras. “Por exemplo, não se deve pegar os selos com as mãos, para evitar a transferência de gordura, sujeira”, explica. Para isso, são comercializadas pinças específicas, que custam entre 10 e 40 reais em lojas especializadas.

(O filatelista Helion de Mello e Oliveira e a coleção ‘Eu, A Abelha’, que conta com mais de 80 folhas)

Juiz nacional na classe temática da Federação Brasileira de Filatelia (FEBRAF), Oliveira afirma que outros países têm dedicado mais tempo à filatelia, porém clubes nacionais, como o CTC, tem trabalhado para reverter esse cenário. “Há sociedades alemãs que se organizaram para estudar o selo postal do Brasil, que foi o segundo país a emiti-los em 1843 – a famosa série Olho-de-boi – mas, aqui, a paixão pela filatelia tem ficado em segundo plano”, destaca.
O Dia do Filatelista Brasileiro é comemorado em 5 de março, data em que D. Pedro I organizou os Correios do Brasil em 1829, por meio de um decreto, o qual definiu tarifas e outras questões que permeavam os serviços postais. De acordo com os Correios, foram vendidos mais de 300 milhões de reais em selos, cartões postais e demais produtos filatélicos em 2011.
A filatelia temática
Para iniciar uma coleção temática é necessário estudar o assunto para saber até onde é possível encontrar material. “Para montar uma coleção com caráter competitivo é obrigatório ter peças para preencher no mínimo 80 folhas. Essas peças são compostas pelo próprio selo, por carimbos, franquias, postais, entre outras”, explica o filatelista.
‘Eu, A Abelha’ já conquistou Medalha Dourada na SANPEX XIV, em Santos, SP (1986); e Prata Grande na ARBRAFEX, em Buenos Aires, Argentina (1988) e na LUBRAPEX, em Porto, Portugal (1997), entre outros prêmios.
O roteiro da coleção é composto por 12 principais partes e um pequeno resumo:
Como me chamam
Sou filha de Rainha
Parentes, tenho muitos
Sou elegante
Moro na colmeia
Trabalho de sol a sol
Minha vida é objeto de estudo
Protetores ou exploradores?
Também tenho inimigos
Acabei virando emblema
Minhas qualidades artísticas
Às vezes sou até homenageada
Resumo:
O homem tem convivido com as abelhas desde a mais remota antiguidade. Inicialmente, a preocupação do homem primitivo era colher o mel para a sua alimentação, o que acarretava a destruição das colmeias naturais. A evolução levou o homem a criá-las empiricamente.
As colmeias foram sendo aperfeiçoadas até que em 1851 foi inventada a de quadros móveis, utilizada atualmente. Posteriormente, foram descobertas as utilidades dos produtos produzidos pelas abelhas, como a cera, a geleia real, o própolis e foi detectada sua importância na polinização.

(Máximo Postal)

(FONTE: http://www.vivacomprazer.com.br/filatelia-tematica/, por Tarcila Zonaro)

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