O filigranoscópio é um acessório representado por uma pequena bacia feita de plástico, vidro ou cerâmica com fundo preto (como a que ilustra esta postagem), utilizada para pesquisar e identificar, a filigrana ou marca-d’água de um selo, bem como, eventuais defeitos presentes no mesmo. A filigrana é uma marca existente no papel (marca d’água), gerada no processo de sua fabricação, às vezes visível a olho nu (colocando-se o selo sobre uma superfície preta, com a frente voltada para baixo, ou olhando o selo contra a luz). Utilizando-se o filigranoscópio, coloca-se o selo com a face impressa voltada para baixo e, com um conta-gotas, deixam-se cair algumas gotas de benzina pura retificada (encontrável em drogarias) ou tetracloreto, em último caso álcool puro. Estas substâncias facilitam o contraste, fazendo a filigrana “aparecer” logo depois. Em alguns casos, a análise do tipo de filigrana não é uma tarefa simples, sendo fundamental a experiência, olhos treinado e conhecimento por parte do filatelista. Nos catálogos de selos as filigranas são indicadas, em regra, para cada caso. Cabe lembrar que em 1905, pela primeira vez, o correio brasileiro usou papel filigranado na impressão de selos. A marca d’água tinha a seguinte legenda: “Correio Federal República dos Estados Unidos do Brasil”.
Alternativamente ao modelo mais comum, aqui já referenciado, existem alguns tipos de filigranoscópio eléctrico no mercado, como o da imagem abaixo.
Atualmente, cabe lembrar, que os selos são impressos em papel sem filigrana, isso porque a moderna técnica de impressão desencorajou e dificultou sobremaneira a falsificação de selos postais.