Orient Express (Expresso do Oriente) foi o serviço de trem de longa distância que, no seu ápice, ligava Paris a Constantinopla (hoje Istambul), numa viagem de 81 horas. Foi considerado um dos trens mais luxuosos do mundo, com passageiros que incluíam desde burgueses milionários até membros da aristocracia europeia.
A ideia de criar um serviço de passageiros que ligasse a Europa ocidental ao Sudeste Asiático surgiu de Georges Nagelmackers (1845-1905), um engenheiro belga, criador da Compagnie Internationale des Wagon-Lits. Esta empresa, criada em 1872, tinha sido a primeira na Europa a introduzir vagões-dormitório e vagões-restaurante nas composições (uma ideia que já tinha sido colocada em prática nos Estados Unidos por George Pullman).
Em 04 de outubro de 1883 a empresa inaugurou o então batizado Express d’Orient. Na época, o trem saía duas vezes por semana da estação Gare de l’Est, em Paris, e terminava na cidade de Giurgiu, na Romênia, passando por Estrasburgo, Munique, Viena, Budapeste e Bucareste. De Giurgiu, os passageiros eram transportados através do Danúbio para a cidade de Ruse, na Bulgária. Daí havia outro trem que os levaria até Varna, onde poderiam tomar um ferry para Istambul.

A emissão, com valor facial de 1,80 euros, lançada pela autoridade postal francesa, em 29 de setembro último, que ilustra nossa postagem de hoje, encomendado à Broll & Prascida, tem como objetivo lembrar os cento e quarenta anos passados desde a viagem inaugural desta linha.
O trem destacado no selo, cabe observar, é sem dúvida o mais conhecido, símbolo de luxo e refinamento numa época em que o transporte ferroviário era considerado de ouro.