Emmanuel Mounier nasceu em 1.º de abril de 1905, em Grenoble, França, em uma família de origem camponesa e fervorosa na fé cristã. Estudou filosofia na Universidade de Grenoble entre 1924 e 1927, período em que foi profundamente influenciado pelo ensino e pela amizade de Jacques Chevalier, renomado filósofo católico.

Após concluir seus estudos, Mounier mudou-se para Paris para preparar-se para o concurso de agregação em filosofia, obtendo êxito em 1928, aos 23 anos. Durante sua formação, foi impactado pelo pensamento de Charles Péguy, o que o levou a renunciar a uma carreira acadêmica tradicional. Em 1932, junto com alguns amigos, fundou a revista “Esprit”, um periódico internacional e laboratório de ideias que se tornaria o órgão oficial do movimento personalista.
Mounier acreditava que os problemas econômicos e sociais dos anos 1930 eram resultado de uma crise de civilização, originada de uma compreensão equivocada sobre o ser humano. Inspirado pelo filósofo alemão Max Scheler, renovou a noção de personalismo, tornando-a o alicerce de sua ação. Até sua morte em 22 de março de 1950, Mounier esteve envolvido em diversos movimentos que marcaram a França e a Europa, como a denúncia dos Acordos de Munique, a defesa da República Espanhola, a Resistência Francesa, a condenação da opressão colonial e a participação na construção europeia.
Segundo seu amigo, o filósofo Paul Ricœur, Emmanuel Mounier possuía uma virtude rara que combinava força e generosidade, tornando-o um homem simultaneamente irredutível e aberto ao próximo.
Em 24 de março passado, La Poste emitiu um selo comemorativo em homenagem ao 120.º aniversário de nascimento de seu nascimento. A emissão, com valor facial de €1,39 e tiragem se 46.800 exemplares, apresenta um retrato de Mounier baseado em uma obra de René Iché, datada de 18 de janeiro de 1947.