Resenhamos, na presente postagem, o selo pertencente à série “O sentido cívico”, contra todas as formas de terrorismo, lançado pelo Poste Italiane, em 25 de maio último. A emissão, com tiragem de 200.025 exemplares, referencia o ataque das Brigadas Vermelhas, ocorrido em 17 de junho de 1974, na sede do Movimento Social Italiano, na cidade de Pádua. Deste ato terrorista resultaram como vítimas Giuseppe Mazzola (nascido em 1914) e Graziano Giralucci (1944).
A novidade tem valor facial correspondente a classe “B”, que monta atualmente em 1,25 euros, sendo necessário para enviar um cartão postal ou um carta ordinária de até vinte gramas dentro do país. A imagem com os rostos dos homenageados, que estampa a vinheta, foi trabalhada por Emanuela L’Abate.
Consoante podemos ler no edital deste selo, numa lembrança dos filhos Antonio, Piero, Mario e Anna Mazzola:
“Giuseppe Mazzola, nosso pai, ostenta o triste recorde de ser a primeira vítima das “Brigadas Vermelhas”, formação terrorista que, a partir daquele 17 de junho de 1974, cobriu de sangue covardemente a Itália por longos anos. Em julho de 1992, sete terroristas foram condenados definitivamente a penas de prisão e à proibição perpétua de ocupar cargos públicos pelo homicídio”.
Seguem dizendo:
“Ele lutou com honra, merecendo homenagens, durante a Segunda Guerra Mundial na Campanha da África e na subsequente Guerra de Libertação. Elogios solenes foram-lhe tributados ao longo dos quarenta anos de serviço na Arma dos Carabineiros”.
Quanto ao agente comercial Graziano Giralucci, sua filha Silvia Giralucci disse que o pai:
“tinha duas grandes paixões: o rugby e a política. Dedicou-se por alguns anos apenas ao rugby e voltou a se engajar ativamente na política com a campanha pelo referendo sobre o divórcio. A violência política apagou uma vida que estava se dedicando democraticamente ao que acreditava. A associação Casa da Memória do Veneto, que presido, ocupa-se em disseminar a cultura da rejeição à violência e a memória dos eventos do terrorismo”.
