“Acho que a terra é o material com o maior potencial, porque é o material de fonte original.” (Michael Heizer)
A ‘Land Art’ (em inglês ‘Earth Art’ ou ‘Earthwork’) foi um movimento artístico pautado na fusão da natureza com a arte. Ele surgiu na década de 60 nos Estados Unidos e na Europa.
O termo ‘land art’, se traduzido, corresponde a ‘arte da terra’ e tem como principal característica a utilização de recursos provenientes da própria natureza para o desenvolvimento do produto artístico.
Em outras palavras, a land art surge a partir da fusão e integração da natureza e da arte onde a natureza, além de suporte, faz parte da criação artística.
Os artistas dedicados a essa estética buscavam na natureza a reflexão sobre o fazer artístico. Eles utilizavam, dentre outros materiais, folhas, madeira, galhos, areia, rocha, sal e daí sua aproximação com a arte povera.
O intuito era chamar atenção para a grandiosidade da natureza como local central de experimentação artística, bem como para a ocorrência da efemeridade dessa arte.
Importante destacar que, ao contrário da arte exposta nos museus, a ‘land art’ propõe ultrapassar as limitações do espaço tradicional ao sair deles.
Assim, ela é realizada em espaços exteriores e, devido suas grandes dimensões, só é possível conhecê-las dentro de um museu por meio de fotografias.
Sendo a natureza o local (locus) de desenvolvimento dessa tendência da arte contemporânea, a arte pode surgir nos mais variados espaços naturais tais como a praias, mares, lagos, lagoas, desertos, montanhas, canyons, campos, planícies, planaltos, dentre outros.