Um efeito colateral positivo da gripe A-H1N1 e do Coronavírus é a recomendação de bem lavar as mãos constantemente.
Isto inclui palma, dorso, unhas, pontas dos dedos, entre dedos, pulso.
Felizmente, estas pandemias que viraram vedetes da mídia nos levaram a reinventar a roda, redescobrir a pólvora: lavar as mãos faz bem à saúde!
Não podemos esquecer que há muitas maneiras de contaminá-las: maçaneta, corrimão, jornal, dinheiro em papel e moeda, aperto de mão, asseio da área genital, alisar animais domésticos, estar na rua e pegar em qualquer coisa que outros tocaram.
Lavar bem as mãos evita doenças letais, como a provocada pelo coronavírus, e não letais. A conjuntivite é uma delas.
Foi o Dr. Ignaz Philipp Semmelweis (1 de julho de 1818 – 13 de agosto de 1865), ginecologista húngaro que introduziu a profilaxia antisséptica na prática médica. Sua história é um daqueles casos de incompreensão e injustiça contra quem se destaca, defende seus princípios, estando muito à frente do seu tempo.
Antes mesmo da humanidade descobrir a causa das infecções, ele atinou com a relação entre mãos sem higiene e as mortes em massa de parturientes atacadas de febre puerperal na Maternidade do Hospital Geral de Viena.
Ficava arrasado com as numerosas perdas de pacientes tão jovens deixando órfãos recém-nascidos. Notou que, numa das seções do hospital, onde as mulheres eram atendidas por parteiras, o índice de mortes era muito menor.
Na seção onde ocorria o mais alto número de óbitos, os partos eram feitos pelos obstetras logo depois de sair da sala de autópsia, onde manipulavam cadáveres. Semmelweis exigiu que os médicos lavassem as mãos antes de examinar as pacientes.
A taxa de mortalidade caiu. Mesmo assim, foi ridicularizado, escarnecido e discriminado por colegas. Terminou seus dias internado num hospital psiquiátrico. Ironicamente, morreu de infecção hospitalar.
Com o agito mundial em torno da grave pandemia envolvendo o coronavírus, lavar as mãos tornou-se prioridade, e voltou a ordem do dia.
Bendito redescobrimento da enorme importância de lavar as mãos! O infeliz Dr. Semmelweis está, sem sombra de dúvidas, vingado.
