À medida que o Natal se aproxima, uma onda de terror atravessa a Suíça. Na trama um assassino está organizando uma macabra caça ao tesouro utilizando pacotes postais. Sua assinatura? Selos feitos de pele humana. Ana Bartomeu, inspetora da Polícia Judiciária de Genebra, é designada para o caso. Sua investigação a levará dos bairros elegantes de Genebra ao centro histórico de Annecy, dos becos escuros de Lausanne às ruas de paralelepípedos de Delémont. Conseguirá ela desmascarar o misterioso criminoso que a mídia suíça e francesa apelidou de “o Filatelista”?

Este mistério policial de autoria de Nicolas Feuz, que foi filatelista na infância, “Il Filatelista” (o 17.o romance noir de sua autoria), publicado pela editora Baldini+Castoldi em junho de 2024, ao longo de suas 384 páginas, embora referencie selos setenta vezes no seu texto, nem sempre sejam aqueles que um colecionador esperaria, entretanto, a história tem uma ambientação postal.

Por exemplo, podemos ler, com riqueza de detalhes na obra:
“na esteira transportadora, um pacote de aparência comum, com um selo comum e um endereço comum, nada suspeito. O pacote passou sem problemas pela etapa do primeiro scanner, que registrou suas dimensões e peso. Depois disso, as células de leitura da linha de triagem o direcionaram através do labirinto robotizado, até o trilho de deslizamento destinado às bancadas de expedição ferroviária ‘Génève rail’.”
Ou então, aqui está o menino Sam, que:
“desenvolveu uma verdadeira paixão por selos”.
Um interesse duradouro, tanto que:
“como todo bom filatelista, esperava encontrar um dia um raro ‘Rayon’ ou uma ‘Pomba de Basileia’.”
Além disso:
“desde que passamos a usar selos autoadesivos, ou seja, aqueles que não se lambem mais para colar, a probabilidade de encontrar o DNA é muito menor”.