“As cartas de Oliver Sacks são soberbas — fluentes, brilhantes, sinceras, íntimas — e algumas delas são delirantemente apaixonadas. Oliver poderia escrever uma carta de amor de várias páginas, bem como uma longa análise de um estado de droga ou uma condição neurológica. Tomadas em conjunto, ao longo de mais de cinquenta anos, elas constituem uma autobiografia em forma epistolar.” (Paul Theroux)
As cartas de um dos maiores observadores da condição humana, que revelam sua paixão pela vida, pelo trabalho, pela amizade, pela arte, pela medicina e pela sociedade, assim como a riqueza de seus relacionamentos com amigos, familiares e colegas intelectuais, são reunidas pela primeira vez.
O Dr. Oliver Sacks (1933-2015), que se autodenomina nestas páginas como um “médico filosófico” e um “talmudista neuropatológico”, dedicou sua vida a escrever cartas: para seus pais, sua querida tia Len, amigos e colegas espalhados por Londres, Oxford, Califórnia e por todo o mundo.
Essas cartas começam com sua chegada à América como um jovem em busca de se libertar das limitações da Inglaterra do pós-guerra. A partir daí, acompanhamos sua carreira inicial turbulenta na medicina e o desenvolvimento de sua voz como escritor. Passamos por fases intensas, como os anos dedicados ao levantamento de peso, à pilotagem de motocicletas e às experiências transformadoras com os pacientes que inspiraram seu livro “Awakenings”. Exploramos, ainda, seu crescente interesse em questões sobre a visão e o cérebro musical, bem como suas inúmeras amizades e colaborações com escritores, artistas, cientistas, astronautas, botânicos e matemáticos. No final de sua vida, transparece sua profunda gratidão por esses relacionamentos.
Introduzidas e editadas com sensibilidade por Kate Edgar, sua editora de longa data, “Letters” oferecem um retrato íntimo de Sacks enquanto ele explorava os mistérios do cérebro e da mente. Através de seus olhos, testemunhamos os primórdios da neurociência moderna e o pensamento de um dos grandes intelectuais de nosso tempo. Suas palavras, como fica evidente nestas páginas, são sempre marcadas pela generosidade e pela admiração pelos outros.