Antes da década de 1980, e apesar de exibirem a designação “Macau” e de serem franqueados em patacas, a moeda local, os selos do território ultra marinho português eram pensados, concebidos e impressos em Lisboa. A distância, aliado ao desconhecimento cultural das pequenas nuances e especificidades locais davam, incontornavelmente, azo a equívocos. Em 1950, a Imprensa Nacional da Casa da Moeda produziu o selo que ilustra a chamada desta postagem, retratando as Portas do Cerco, num desenho de Alberto Souza, com valor facial de 1 pataca, em tons de azul, que nunca chegou a circular em Macau, devido a um grave equívoco de natureza cultural. A tonalidade da cor com que o selo foi impresso é considerada pouco auspiciosa na cultura chinesa.

O selo acabou sendo substituído por outro selo idêntico (SCOTT # 347A – MICHEL # 369), com a mesma vinheta, impresso entretanto em tonalidade castanha, plenamente compatível com a cultura local.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui