O Office des Timbres do Principauté de Monaco, como já abordamos noutras postagens, segue homenageando os artistas que se apresentaram no Principado. Desta vez trata-se de uma nova série, emitida em 20 de fevereiro último, dedicada aos cantores de ópera.
Por meio do selo de 3,00 euros, reproduzido acima, trabalho de Cyril De La Patellière, gravado com a colaboração de Claude Jumelet, a autoridade postal monegasca materializa a homenagem a mezzo-soprano francesa Freda Betti (1924-1979), cujo nome de batismo era Frédérique Thérèse Augusta Betti. A artista estudou música e canto especialmente com Édouard Rouard no Conservatório de Nice, onde ganhou o primeiro prêmio em 1943. Estreou na Ópera de Monte Carlo em 1947 com “Fausto” de Charles Gounod. Nas décadas de 1950 e 1960, apresentou-se nos principais palcos nacionais e europeus, em diversos festivais líricos e frequentemente no rádio. Seu repertório inclui “Dom Quixote”, “A Valquíria”, “Madame Butterfly”, “Tristão e Isolda” e principalmente “Carmen”, que interpretou mais de cento e cinquenta vezes. Posteriormente, dedicou-se ao ensino no Conservatório de Mônaco.
Adiciona-se a série um segundo selo, com valor facial de 4,15 euros, que ilustra a chamada desta postagem, num trabalho de Martin Mörck. Na vinheta deste podemos ver, por sua vez, o tenor italiano Giovanni Martinelli (1885-1969), um dos mais famosos do século XX, que é considerado o sucessor de Enrico Caruso, apesar das diferenças na técnica vocal e timbre. O mesmo estreou em Milão em 1910 com “Ernani” de Giuseppe Verdi. Três anos depois, na Ópera de Monte Carlo, trabalhou em “A Garota do Oeste” e, pela primeira vez, se apresentou no Metropolitan Opera de Nova York. Estabelecido nesta cidade americana, colaborou, juntamente com Rosa Ponselle, para tornar o Metropolitan o principal teatro dedicado ao “Cisne de Busseto” entre as duas guerras. Após interpretar mais de cinquenta papéis italianos diferentes, enfrentou o de “Otelo”: foi um dos seus grandes triunfos.
