Apresentamos nesta publicação uma nova edição da tradicional série com a qual a Postal-Office des Timbres – Principauté de Monaco homenageia os grandes cantores de ópera. Dois novos selos foram emitidos em 14 de janeiro com tiragem de 36.000 exemplares.
O primeiro, com valor de 4,50 euros, apresenta Natalina, conhecida como Lina, Cavalieri. O selo traz uma ilustração de Cyril De La Patellière, posteriormente gravada por Claude Jumelet. Nascida em 1874, em Viterbo, ficou órfã aos quinze anos. Começou cantando em cafés-concerto antes de se tornar soprano na ópera La Bohème e, posteriormente, trabalhar com Enrico Caruso no Metropolitan Opera. No início do século, era uma estrela, se apresentando nos maiores teatros do mundo. Embora não tivesse uma voz extraordinária, sabia utilizá-la perfeitamente e explorava ao máximo seu potencial. Sua presença de palco, aliada à forma instintiva e natural de se apresentar, tornaram-na inesquecível. Um símbolo de beleza feminina, despertava admiração por onde passava. Em 1913, casou-se com o tenor Lucien Muratore. Faleceu junto ao quarto marido no bombardeio de Florença, em 8 de fevereiro de 1944.
Lucien Muratore, por sua vez, é o retratado no outro selo, com valor de 4,72 euros, trabalhado por Pierre Albuisson. De origem piemontesa, nasceu em 1876, em Marselha, onde iniciou sua carreira como ator ainda jovem. Após um período no Conservatório de Paris, descobriu que, embora acreditasse ser barítono, era na verdade tenor. Em 1905, estreou na Opéra e imediatamente recebeu papéis de destaque, especialmente em Carmen, Pagliacci e Tosca. Criou, entre outros, o papel de Baco em Bacco trionfante, de Camille Erlanger, em Bordeaux, em 1909, e o de Hércules em Déjanire, de Camille Saint-Saëns, em Montecarlo, dois anos depois. Sua fama atingiu proporções internacionais ao se casar com a “mulher mais bonita do mundo”, a soprano Lina Cavalieri. Muratore dedicou os últimos anos de sua vida (faleceu em 1954) ao ensino de canto.
