O quadro “O Grito” (em norueguês: Skrik) é a obra-prima de arte expressionista, pintada em 1893, pelo pintor norueguês Edvard Munch (Løten, 12 de dezembro de 1863 – 23 de janeiro de 1944).
Trata-se de uma das pinturas mais populares de todos os tempos, que adquiriu um status de ícone cultural, tal qual ocorre com a Mona Lisa de Leonardo da Vinci.
Este trabalho, pintado em Berlim, revela várias características indeléveis de seu autor:
➡️ a força expressiva das linhas,
➡️ redução das formas e
➡️ o valor simbólico da cor.

A obra representa basicamente uma figura andrógina num momento de profunda angústia e desespero existencial.

O plano de fundo é a doca de Oslofjord (em Oslo) ao pôr do sol.
É possível ver igualmente o céu pintado com cores quentes, um lago onde avistamos dois barcos e duas pessoas ao fundo.
As formas distorcidas e a expressão do personagem revelam a dor e as dificuldades que a vida pode apresentar, resultando no grito, uma forma de expressão desse sentimento.
Uma referência no diário de Munch, com a data de 22 de janeiro de 1892, narra um episódio em que o artista estava passeando em Oslo perto de um fiorde com dois amigos e passando por uma ponte, quando sentiu melancolia e ansiedade.
Munch acabou por pintar quatro versões deste quadro, para substituir as cópias que ia vendendo. Vejamos:
➡️ O original de 1893 (91×73.5 cm), numa técnica de óleo e pastel sobre cartão, encontra-se exposto na Galeria Nacional de Oslo.
➡️ A segunda (83,5×66 cm), em têmpera sobre cartão, foi exibida no Museu Munch de Oslo até quando se deu o seu roubo em 2004.
➡️ A terceira pertence ao mesmo museu e a quarta era propriedade de um particular, até ser arrematada em um leilão da Sotheby’s, em maio de 2012.
➡️ Para responder ao interesse do público, Munch realizou uma quarta versão, também uma litografia (1900) que permitiu a impressão do quadro em revistas e jornais.