Georges Cuvier foi um naturalista, zoólogo e paleontólogo francês nascido a 23 de agosto de 1769, em Montbéliard. Leitor precoce, aos 13 anos tinha lido já as obras de Buffon de que copiou a maior parte das estampas, organizando uma Sociedade de Ciências Naturais para crianças da sua idade.

Em 1781, com menos de 19 anos, principiou os seus estudos sobre os moluscos. A convite de Geoffroy St. Hilaire, foi para Paris onde lecionou a cadeira de Anatomia Comparada no Museu de História Natural do Jardim das Plantas. Em 1799 foi nomeado professor de História Natural no Collège de France, e, em 1803, foi nomeado secretário perpétuo da Academia das Ciências Físicas e Naturais.
Foi o criador da Anatomia Comparada e da Paleontologia, sendo conhecido com pai desta área de conhecimento. Concluiu que alguns órgãos têm sobre o conjunto da economia orgânica influência decisiva e essa foi a base da lei da subordinação dos órgãos; concluiu, ainda, que certos caracteres se atraem mutuamente enquanto outros se excluem necessariamente e esta conclusão foi a base da lei da correlação das formas.
Aplicando estes princípios a restos de seres vivos fósseis, pôde determinar espécies desaparecidas e dedicar-se à reconstituição de mamíferos fósseis.

Cuvier, defensor do catastrofismo, justificava a criação e a extinção das espécies com acontecimentos naturais, mais espontâneos do que graduais: segundo ele, as espécies eram fixas e apenas poderiam ser substituídas por outras, migradas de locais mais distantes. Gradualmente, o catastrofismo de Cuvier foi sendo contestado e rejeitado pela teoria do uniformitarismo, defendida por Hutton e Lyell.

De entre as obras de Georges Cuvier destaca-se, por exemplo, ‘As revoluções do Globo’, escrita em 1821. Faleceu em 13 de maio de 1832.