Com a derrocada da Alemanha na Segunda Guerra Mundial, chegava ao fim o regime nazista que havia tido seu apogeu nos últimos anos. A Alemanha e as áreas de influência do Reich seriam ocupadas pelas potências vitoriosas que acabariam dividindo zonas de influência. Entretanto, como decorrência de tal prática teriam lugar uma série de conflitos políticos que levariam à divisão do próprio estado alemão (Alemanha Oriental e Ocidental).
Mas, enquanto a guerra se aproximava do final, com o avanço bélico para Berlim, a vida seguia seu curso, com as populações civis na miséria e com as cidades devastadas por bombardeios e ataques de artilharia. Pessoas e empresas precisavam se comunicar, as linhas telefônicas estavam destruídas e só se podia contar, naquele momento, com os serviços postais. Entretanto, para usar o correio é preciso portear as cartas e a maioria dos selos disponíveis eram aqueles emitidos durante o nazismo com a efígie indesejável de Adolf Hitler.
Enquanto as novas emissões de selos dos países libertados estavam sendo preparadas, as edições de selos de Hitler continuavam a ser usadas por algum tempo, porém, com tentativas para encobrir a imagem do ditador com meios mais ou menos artesanais.
A prática mais comum era a aplicação de manchas de tinta mediante emprego de rolhas de cortiça com relativo sucesso.
Mas não somente, encontramos também sobrecargas mais aprimorada, com algumas práticas interessantes, inclusive com possível emprego em coleções temáticas.
Numa coleção sobre expansão soviética, vida de Lenin ou história do comunismo tais sobrecargas seriam indiscutivelmente muito bem empregadas.