João Paulo II (1920-2005) nasceu na pequena cidade de Wadowice na Polônia. Filho de Karol Wojtyla e de Kaczorowska foi batizado com o nome de Karol Jósef Wojtyla. Ficou órfão aos 08 anos e perdeu seus dois irmãos mais velhos. Fez sua primeira comunhão aos 09 anos de idade. Estudou na escola Marcin Wadowita e em 1938 muda-se para a Cracóvia onde estudou na Universidade de Jaguelônica e numa escola de teatro.

João Paulo II teve que trabalhar, para evitar a deportação para a Alemanha, quando as forças nazistas fecharam a Universidade após a invasão da Polônia, na Segunda Guerra Mundial (WWII). Seu pai um suboficial do Exército Polonês morreu de ataque cardíaco em 1941. A partir de 1942 despertou sua vocação para o sacerdócio e estudou num seminário clandestino na cidade de Cracóvia. Terminada a Guerra, continuou seus estudos na Faculdade de Teologia da Universidade de Jaguelônica. Foi ordenado padre no dia 1 de novembro de 1946. Completou o curso universitário em Roma e doutorou-se em teologia na Universidade Católica de Lublin. Foi nomeado bispo auxiliar na Cracóvia em 1958, foi capelão universitário e professor de ética em Cracóvia e Lublin.

(Carimbo Comemorativo)

Em 1964, Wojtyla assume as funções de arcebispo de Cracóvia, e em 1967, chega ao posto de cardeal. Ativo participante no Conselho Vaticano Segundo, representou igualmente a Polônia em cinco Assembleias internacionais de bispos entre 1967 e 1977. Foi eleito Papa em 16 de Outubro de 1978, sucedendo a João Paulo I. Wojtyla adotou então o nome João Paulo II.

(Franquia – João Paulo II)

No início de seu pontificado sofreu um atentado na tarde de 13 de maio de 1981, em plena Praça de São Pedro, no Vaticano, durante audiência pública realizada sempre às quartas. O turco Mehemed Ali Agca disparou três vezes uma pistola Browning de nove milímetros a menos de sete metros de distância, ferindo gravemente o estômago, a mão esquerda e o cotovelo do pontífice.

(Franquia – 25 anos do atentado contra João Paulo II)

João Paulo II publicou livros de poesia e, sob o pseudônimo de Andrzej Jawien, escreveu uma peça de teatro, “A Loja do Ourives” em 1960. Os seus escritos éticos e teológicos incluem “Amor Frutuoso e Responsável” e “Sinal de Contradição”, ambos publicados em 1979. A sua primeira Encíclica, “Redemptor Hominis” (Redentor dos Homens) de 1979 explicou a ligação entre a redenção por Cristo e a dignidade humana. Encíclicas posteriores defenderam o poder da misericórdia na vida dos homens (1980); a importância do trabalho como “forma de santificação” (1981); a posição da igreja na Europa de Leste (1985); os males do Marxismo, materialismo e ateísmo (1986); o papel da Virgem Maria como fonte da unidade Cristã (1987); os efeitos destrutivos da rivalidade das superpotências (1988); a necessidade de reconciliar o capitalismo com a justiça social (1991) e uma argumentação contra o relativismo moral (1993).

(Inteiro Postal)

A 11ª encíclica de João Paulo II, “Evalegium Vitae” (1995), reiterou a sua posição contra o aborto, o controle da natalidade, a fertilização in vitro, a engenharia genética e a eutanásia. Defendeu também que a pena capital nunca é justificável. A sua 12ª encíclica, “Ut Unum Sint” (1995) se referiu a temas que continuavam e continuam a dividir as igrejas Cristãs, como os sacramentos da Eucaristia, o papel da Virgem Maria e a relação entre as Escrituras e a tradição.

Nos anos 80 e 90, João Paulo II efetuou várias viagens, incluindo visitas a África, Ásia e América (inclusive no Brasil); em setembro de 1993 deslocou-se às repúblicas do Báltico na primeira visita papal a países da antiga União Soviética. João Paulo II influenciou fortemente a queda no regime comunista vigente na Europa do Leste, especialmente na sua Polônia natal.

(Inteiro Postal)

No ano 2000, o Ano Sagrado em que a Igreja refletiu os seus 2000 anos de História, João Paulo II pediu perdão pelos pecados cometidos por católico romanos. Apesar de não ter mencionado erros específicos, diversos cardeais reconheceram que o papa se referia às injustiças e intolerância do passado relativamente aos não católicos. Nestes males reconhece-se o período das Cruzadas, da Inquisição e a apatia da igreja. O pedido de desculpas precedeu uma deslocação de João Paulo II à Terra Santa.

(Franquia Mecânica)

João Paulo II resistiu à secularização da igreja. Ao redefinir as responsabilidades da laicização, dos padres e das ordens religiosas, rejeitou a ordenação das mulheres e opôs-se a participação política e a manutenção de cargos políticos pelos padres. Atacado pelo Mal de Parkinson morreu aos 84 anos, no Vaticano, às 21h37 de Roma, 16h37 de Brasília, do dia 2 de abril de 2005 em seus aposentos no Palácio Apostólico.

(Carimbo Comemorativo)

Foi sucedido pelo Papa Bento XVI.

Inspirado por chamadas de “Santo Subito!” (“Santo Imediatamente!”) das multidões que se reuniram durante o seu funeral, seu sucessor iniciou o processo de beatificação de João Paulo II, ignorando a restrição de que cinco anos devem se passar após a morte de uma pessoa antes que o processo de beatificação se inicie.

Em 27 de abril de 2014, numa cerimônia presidida pelo Papa Francisco, e com a presença do Papa Emérito Bento XVI, João Paulo II foi declarado Santo juntamente com o Papa João XXIII; sua festa litúrgica celebra-se no dia 22 de outubro.

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