Em 1985, Gorbachev assumiu a direção do Partido Comunista. Apesar de formado na velha escola da burocracia, tinha uma visão crítica da estagnação em que caíra a sociedade soviética.
Começou por renovar a cúpula do Partido, libertando os dissidentes políticos. Iniciou uma transformação geral na sociedade, por meio da “Perestroika” (reestruturação) e da “Glasnost” (transparência).
A Perestroika buscava a implantação de métodos mais eficientes de gestão da economia, apontando para a necessidade de descentralização no comando das empresas estatais e permitindo um tímido avanço da propriedade privada, sobretudo no setor agrícola.
Com a Glasnost, a censura foi abrandada, iniciando-se um processo de liberalização, que se traduziu imediatamente em maior liberdade de expressão na vida cultural.
Para liquidar as pendências internacionais, Mikhail Gorbachev mudou a política externa de modo a facilitar uma aproximação com o Ocidente. Isso traria a indispensável ajuda externa para financiar a transição rumo a uma economia de mercado socialista.
Abandonando as práticas imperialistas, as tropas de ocupação do Afeganistão foram retiradas depois de dez anos de permanência. Era o sinal de que a guerra fria estava chegando ao fim. Acordos comerciais foram feitos com os Estados Unidos e com os sete países mais ricos do planeta.