A pesquisa filatélica se faz imprescindível em todas as coleções, e os perfins estão sendo descobertos como um novo tipo de peça filatélica a valorizar uma coleção. Talvez não tenham a mesma força que o inteiro postal teve durante um grande período nas coleções temáticas, mas tornar-se-ão presentes nas principais coleções.

(Perfins de companhias de petróleo)

A expressão PERFINS é originário da junção das letras “perforated initials”; mas além de letras, encontramos diversos tipos de perfurações, entre desenhos, números e outros. Estas perfurações, podem retratar de uma forma original um aspecto da coleção, trazendo as iniciais ou o nome da empresa, ou mesmo pela ilustração do perfin. Justificava-se a perfuração dos selos como uma proteção ao capital, evitando a utilização destes selos por outrem, e em caso de furto poder identificar o larápio.

Colecionar perfins é algo difícil, e ao mesmo tempo fácil. Organizá-los, e muitas vezes classificá-los é um problema, adquiri-los nem tanto; apesar de ser um ramo do colecionismo em que os comerciantes estão começando a especular.

Durante muito tempo foram considerados como lixo, ou melhor, selos com defeitos e consequentemente inapropriados para o colecionismo. Independente disto, existem muitas pessoas interessadas em colecionar perfins, existindo inclusive Clubes especializados nesta área. Diversas são as maneiras que se poderia organizar uma coleção. Poder-se-ia colecionar perfins de um determinado país ou separá-los por assunto.

A escolha do país a ser colecionado pode apresentar dificuldades, pois existem países com menos de uma dúzia de perfins diferentes, como é o caso do Brasil; e outros com mais de vinte mil, no caso da Grã-Bretanha. Separá-los por temas, pode ser interessante, sendo estradas de ferro, bancos, hospitais, algumas sugestões. Neste caso, corre-se o risco de organizar uma coleção monótona e consequentemente não muito atraente.

Mas os perfins poderiam ser usados com mais frequência nas coleções temáticas atuais, visando diversificar o material apresentado, quebrando então uma possível monotonia. Montar uma coleção específica de perfins, para participar de exposições, pode trazer para o colecionador alguns dissabores, afinal muitos dos jurados provavelmente viveram esta época e ainda comungam dessa opinião, desconsiderando esse tipo de colecionismo. Constata-se uma certa precaução quanto a este tipo de material formar um conjunto, que se poderia chamar coleção.

A coleção apenas de perfins, pode não ser visualmente extremamente atraente, mas todo o colecionador temático a olhará para buscar subsídios para seu tema, e quando possível deverá incluí-los na sua coleção.

Desta maneira os perfins começam a ter o destaque que merecem. O catálogo da exposição Genova-92 reproduz diversas folhas de coleções que receberam boas premiações, e em algumas observamos a presença de selos perfurados. Seguramente um indício do seu aceite como uma peça filatélica perfeitamente válida.

(FONTE: Artigo Publicado no SETE – Florianópolis, ANO: I — Número: VII, os grifos são nossos e não do original, bem como, as imagens que ilustram a matéria)


OBS.: A matéria que agora publicamos aqui no blog já foi escrita faz alguns anos e hoje o uso de perfins, em coleções temáticas, não sofre qualquer questionamento. São aceitos, sem ressalvas, por parte dos jurados. Devemos entretanto, fazer discrições precisas (legendas filatélicas) que identifiquem a entidade a que estão relacionados, demonstrando assim, a pertinência com o nosso tema. (Nota do Blog do Filatelista Temático)

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui