Em 30 de maio de 2016 o CTT homenageou postalmente alguns dos “Tesouros dos Museus Portugueses”. Esta interessante série retrata as “Tentações de Santo Antão” e os “Painéis de São Vicente”, duas obras artísticas integrantes do patrimônio do Museu Nacional de Arte Antiga.
Numa parte desta série, está representada as Tentações de Santo Antão, uma obra-prima do pintor holandês Jheronymus Bosch, cujo quinto centenário da sua morte se celebrou em 2016. Neste magistral painel, encontra-se a mais recorrente temática de Bosch: a tentação e a solidão do homem justo perante o mal, isto é, o diabólico, que é representado por monstros e seres híbridos, que dominam o mundo terreno.

A Obra dividida em três faces, apresenta nos lados externos a Prisão de Cristo e o Caminho para o Calvário. Nas faces internas, nos deparamos com uma paisagem unificada povoada por monstros, onde Santo Antão, um dos fundadores do monaquismo cristão (uma forma de vida cristã totalmente consagrada a Deus), sofre com as tentações de seres diabólicas que perturbam a sua vida. O Santo Católito busca assim sua paz na oração e no afastamento do mundo. Esta foi a forma que o artista encontrou para traduzir a ideia de um mundo repleto de ameaças para aqueles que querem seguir o caminho da salvação em Cristo.

Por sua vez, na outra metade desta mesma série (selo e bloco), os seis Painéis de São Vicente apresentam um agrupamento de 58 personagens em torno da dupla figuração de São Vicente, numa solene e monumental assembleia representativa da corte régia e de vários estratos da sociedade portuguesa da época em que foi concebido. Merece destaque na pintura a cavalaria e a igreja. A obra é em suma uma verdadeira veneração ao patrono e inspirador da expansão militar quatrocentista lusitana na região do Magrebe.

Embora permaneça ainda problemático o integral entendimento da intenção e significado desta obra, acredita-se que o autor, o pintor régio de D. Afonso V, Nuno Gonçalves, deve estar associada a uma dupla função votiva e evocativa dos triunfos guerreiros da dinastia de Avis no norte de África.
Esta bela emissão é assim composta por dois selos com valores faciais de 0,80€ e uma tiragem de 115 000 exemplares, além de dois blocos com o valor de 1,80€ e uma tiragem de 40 000 exemplares cada. Os selos têm o formato de 80 X 30,6mm e os blocos 125 X 90 mm. O design ficou a cargo do Atelier B2.

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