As inquirições gerais foram um procedimento administrativo empregado nos primeiros tempos da monarquia portuguesa.
Algumas terras gozavam de privilégios e isenções de tributos à Coroa, como as ‘honras’ cuja instituição apenas poderia ser feita por Carta Régia, e assinaladas por padrões ou marcos, erguidos por sua autoridade. Tendo em vista que os primeiros reis passaram a alienar, com frequência a favor de nobres e de mosteiros, muitas das terras e rendimentos devidos à Coroa, Afonso II de Portugal (1211-1223), em defesa do seu patrimônio que via assim diminuído, iniciou as chamadas ‘confirmações’ e as ‘inquirições gerais’. As primeiras significavam que quaisquer doações feitas por seus antecessores, deveriam ser aprovadas pelo novo rei; as segundas consistiam em verificar ‘in loco’ quais as terras da Coroa que se encontravam na posse indevida do Clero e da Nobreza. As primeiras inquirições gerais foram realizadas em 1220.
A emissão que ilustra nossa postagem foi emitida pelos Correios de Portugal (CTT), no último dia 29 de junho contando com design gráfico do Atelier B2 Design, que se embasou em imagens dos arquivos nacionais, da Biblioteca Britânica e do Museu Casa da Moeda para a ilustração do Morabitino de D. Afonso II. A impressão dos selos ficaram a cargo dos Correios da Bélgica – Bpost Philately & Stamps Printing.