Os Correios de Portugal (CTT) lançaram, no dia 30 de julho último, uma série composta de 03 selos e um bloco comemorativo dedicada às Festas do Divino Espírito Santo, nos Açores. Trata-se de uma manifestação do catolicismo popular, onde podemos vislumbrar diversos flagrantes do evento, bem como, belas manifestações de fé.

No selo para envio nacional podemos apreciar:
🕊️ o ‘Teatro’ do Espírito Santo do Império ou Irmandade do Terreiro em Porto Judeu, localizado na ilha Terceira, numa fotografia de Antônio Araújo;
🕊️ a distribuição do pão, na ilha do Faial, numa fotografia de Maurício Abreu; e
🕊️ a Coroa do Divino Espírito Santo, numa fotografia de Gaspar Avila.

O selo para envio para a Europa mostra:
🕊️ os Foliões e Cavaleiros da Beira, na ilha de São Jorge, numa fotografia de Jorge Blayer Góis;
🕊️ os pescadores, na ilha de São Miguel, numa fotografia de autor desconhecido;
🕊️ e a pomba, símbolo central na Bandeira do Divino Espírito Santo, numa fotografia de Antônio Araújo.

O selo para envio para o resto do mundo mostra:
🕊️ a Bênção do pão e a saída da coroa, Bandeiras, da ilha do Pico, numa fotografia de Maurício Abreu;
🕊️ a confecção das sopas na Copeira de N. Sra. dos Milagres, Império do Espírito Santo dos Milagres, na Vila do Porto, ilha de Santa Maria, numa fotografia de Ana Pina;
🕊️ e um pormenor da rosca de massa sovada enfeitada com flor, Vila Nova, da ilha Terceira, numa fotografia de Antônio Araújo.

O selo do bloco filatélico tem:
🕊️ uma imagem da Casa do Espírito Santo, da ilha do Corvo, numa fotografia de Jorge Barros;
🕊️ o grupo de foliões da freguesia da Caveira nas orações à Santíssima Trindade, Casa do Espírito Santo da Caveira, na ilha das Flores, numa fotografia de Pepe Brix; e
🕊️ decorações em carro de bois, na ilha de São Jorge, numa fotografia de Karol Kozlowski.
O fundo do bloco mostra um carro tracionado por boi, tradição do Espírito Santo na freguesia de Rosais, na ilha de São Jorge, numa fotografia de Jorge Blayer Góis.

Segundo, lemos no site da autoridade postal emitente, Francisco Maduro-Dias, historiador e museológico, observa que:

“Paráclito deriva do grego parákletos, que quer dizer aquele que ajuda, conforta, anima, protege, intercede. É o título dado, habitualmente, à Terceira Pessoa da Santíssima Trindade Cristã: o Senhor Espírito Santo, como lhe costumamos chamar, nos Açores. Os açorianos recorrem a Ele, sobretudo, em busca de ajuda e ânimo. Porque alguma doença visitou o lar, a vida não corre bem, em tempo de terramotos ou guerra, quando, perante adversidades em demasia, as forças tendem a faltar. Não é entregar-se, é pedir ajuda! O que é bem diferente e faz todo o sentido a quem mora no meio do oceano, às vezes tempestuoso e agreste. É impossível resumir tudo o que estas festas envolvem, mas, tentando, poder-se-á dizer que são momentos de encontro, de partilha, de irmandade, de alegria e de paz, celebrando-se, todos os anos, entre o Domingo de Páscoa e o Domingo da Trindade, sete semanas depois. […] Trata-se de uma festa fortemente comunitária e de cariz solidário profundo. Como já acontecia na Idade Média, o que se pretende, nestas semanas, é recordar que todos são dignos de Misericórdia, todos são pobres e merecedores de esmola, todos merecem, ao menos uma vez por ano, ter mesa farta e alegre. Tudo isso sem esquecer, nunca, que o Paráclito é Aquele que conforta, protege e anima.”

Os três selos tem tiragem de 100.000 exemplares cada. O bloco filatélico, por sua vez, tem tiragem de 35 000 exemplares. O design dos selos esteve a cargo de Hélder Soares do Atelier Design&etc.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui