Em 09 de maio de 2025, os Correios de Portugal (CTT) colocaram em circulação a série “EUROPA 2025 – Descobertas Arqueológicas”, como parte da emissão comum anual coordenada pela PostEurop. São três selos — Continente, Açores e Madeira — e três blocos comemorativos, todos criados pelo estúdio Folk Design e impressos em offset com quatro cores pela Bpost Philately & Stamps Printing, com sede na Bélgica. Cada selo em papel gomado, mede 40 × 30,6 mm e traz valor facial de € 1,21; os blocos, com um único selo central, têm porte de € 3,51. A tiragem é de 50.000 exemplares por selo e 20.000 unidades por bloco, também disponíveis em mini folhas compostas por dez selos.
O selo do Continente apresenta um altar de pedra dedicado “Ao Sol e ao Oceano”, descoberta no Alto da Vigia, em Sintra. Erguido por Virius Agricola, procurador da província romana da Lusitânia, o artefato marcou a extremidade ocidental do Império. Na vinheta, a inscrição latina em relevo remete às travessias incertas do ignotus oceanus.
Nos Açores, o motivo é a colubrina de bronze fundida entre 1545 e 1575 pelo mestre João Dias, resgatada do fundo da baía de Angra do Heroísmo em 1972.
Fotografias históricas da peça submersa e a silhueta do Monte Brasil conferem profundidade ao desenho e reforçam o diálogo entre arqueologia subaquática e defesa insular.
Na Madeira, por sua vez, o tema concentra-se na antiga indústria açucareira — o “ouro branco” que sustentou a economia local nos séculos XV e XVI.
Gravuras de engenhos, trabalhadores e utensílios de extração combinam-se a tons sépia, evocando documentos de época e o aroma de melaço que marcou a paisagem insular.
Todos os selos trazem o logotipo EUROPA discretamente alinhado à direita da palavra “Portugal”.
Além dos selos e blocos, foram lançados envelopes do primeiro dia ilustrados com mapas de localização e carimbos temáticos: enxada arqueológica em Lisboa, silhueta da colubrina em Angra do Heroísmo e engenho de cana-de-açúcar no Funchal.
Como curiosidade, o lançamento coincidiu com a abertura da exposição temporária “Portugal: do Paleolítico ao Patrimônio Subaquático” no Museu Nacional de Arqueologia.