No cartoon que reproduzimos a seguir, de autoria de Randy Glasbergen, duas mulheres conversam em uma lanchonete. Uma delas comenta:
“Já tentei costura, aulas de violão e colecionar selos… mas odiar minhas coxas é o único hobby em que realmente sou boa.”
A tirinha, com seu humor autodepreciativo, brinca com as frustrações que todos temos ao buscar um hobby — e como, às vezes, os mais nobres acabam ficando de lado diante das pressões pessoais e sociais.
No meio disso tudo, a filatelia aparece como uma tentativa. E aqui está o ponto interessante: ela pode até ser vista como “difícil de pegar gosto” por alguns, mas para quem se permite descobrir, ela revela-se uma paixão rica em significado, memória e beleza — um antídoto silencioso contra a superficialidade da pressa cotidiana.
Nem todo mundo vai colecionar selos — mas quem coleciona, entende: é muito mais do que um passatempo.
E essa não é a única vez que Glasbergen fez graça com selos. Em outra tirinha igualmente espirituosa, um personagem se pergunta:
“As tarifas postais subiram de novo. Devo usar um selo ou simplesmente colar meu cartão de crédito no envelope?”
💬 Uma crítica bem-humorada ao custo do envio postal, que acaba reforçando o quanto a filatelia também pode dialogar com o nosso tempo — com ironia, claro.
Para quem ainda não o conhece, Randy Glasbergen (1957–2015) foi um renomado cartunista norte-americano, conhecido mundialmente por seu traço simples e humor inteligente. Suas tirinhas abordam com leveza temas do cotidiano, trabalho, relacionamentos, saúde e também a eterna busca por equilíbrio entre o riso e a realidade. Seus cartoons foram publicados em jornais, revistas, livros, cartões e campanhas publicitárias em todo o mundo.