João do Rio, pseudônimo de Paulo Barreto, nasceu no Rio de Janeiro, no dia 05 de agosto de 1881. Filho de um professor de matemática e de uma dona de casa estudou no colégio São Bento onde mostrou seus dons literários. Em 1896 ingressou no colégio Pedro II.
Em 1899 iniciou sua carreira de jornalista colaborando com o jornal O Tribunal. Entre 1900 e 1903 escreveu para os jornais ‘O Paiz’, ‘O Dia’, o ‘Tagarela’ e o ‘Correio Mercantil’, usando diversos pseudônimos. Em 1903 ingressou na Gazeta de Notícias, e no dia 26 de novembro escreve o artigo “O Brasil Lê”, uma enquete sobre as preferências literárias do leitor carioca. Pela primeira vez assina “João do Rio”, pseudônimo com o qual entrou para a posteridade, numa época em que a cidade assumiu o título de “Cidade Maravilhosa”.
Em 1904, estreia na literatura com o livro “As Religiões do Rio”, onde reúne uma série de reportagens de cunho investigativo, que foram escritas na Gazeta de Notícias, sobre a diversidade religiosa do Rio de Janeiro (inclusive as afro-brasileiras). Em 1905 torna-se conferencista. Nesse mesmo ano, candidata-se para a ABL, mas perde para Heráclito Graça.

No dia 29 de dezembro de 1906 estreia sua primeira peça teatral, a revista Chic-Chic, escrita em parceria com o jornalista J. Brito. Em 1907, sua peça “Clotilde” é apresentada no teatro, Recreio Dramático. Candidata-se pela segunda vez na ABL, mas é derrotado para o Barão de Jaceguai. Em novembro desse mesmo na, profere a conferência “A Rua”.
Em 1908 publica “Momento Literário”, uma excelente fonte de informações sobre o movimento literário do final do século XIX no Brasil. Nesse mesmo ano, publica “A Alma Encantadora das Ruas”, onde reúne reportagens e crônicas publicadas entre 1904 e 1907 no jornal Gazeta de Notícias e na revista Kosmos. O autor relata fatos que marcam a desigualdade e indiferença social, misturadas em diversos tipos humanos que circulavam pelas ruas do Rio de Janeiro no início do século XX.
Em 1910, João do Rio é finalmente eleito para a Academia Brasileira de Letras. Em 1913, torna-se correspondente estrangeiro da Academia de Ciências de Lisboa. Nesse mesmo ano, sua peça “A Bela Madame Vargas” é encenada em Lisboa. Em 1917, escreve a crônica “Praia Maravilhosa”, onde exalta as maravilhas da praia de Ipanema. Nesse mesmo ano, funda e torna-se diretor da Sociedade Brasileira de Autores Teatrais.
João do Rio faleceu no Rio de Janeiro, no dia 23 de junho de 1921.

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