Charade (Charada) é uma produção cinematográfica estadunidense, quase toda rodada em locações em Paris, com duração de 113 minutos, lançada em 1963 (já em domínio público), dirigido por Stanley Donen e com roteiro de Peter Stone, baseado em história de Peter Stone e Marc Behm. Segundo Rubens Ewald Filho, é um dos melhores filmes do gênero suspenso, não feitos por Hitchcock. No elenco destacam-se: Cary Grant, Audrey Hepburn, dentre outros.
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A inteligente trama do filme principia numa estação de esqui na Suíça, onde Reggie Lampert (representada por Audrey Hepburn, que veste roupas da grife francesas Givenchy) comenta com uma amiga, Sylvie Gaudet (representada por Dominique Minot), que vai retornar à Paris para se divorciar de Charles, por ter descoberto que o marido não tem sido honesto com ela. Pouco antes de deixar o resort em que está hospedada, conhece Peter Joshua (Cary Grant), um homem divorciado que também está de saída para Paris.
Ao chegar ao seu confortável apartamento na capital francesa, choca-se ao verificar que o mesmo foi totalmente desocupado, não ficando nem suas roupas pessoais. Ainda atônita, recebe a visita do inspetor de polícia Edouard Grandpierre (representado po Jacques Marin), que a leva ao necrotério para reconhecimento de um cadáver que parece ser de Charles. Após confirmar que se trata realmente do corpo de seu marido, é informada que o mesmo havia vendido todo o conteúdo do apartamento, pelo equivalente a US$ 250.000 e que ia embarcar para a Venezuela, quando foi assassinado.
Ao saber do ocorrido pelos jornais, Peter a procura. Esta lhe diz que vai voltar a trabalhar como tradutora simultânea.

Nos funerais do marido, Reggie recebe um telegrama de H. Bartholemew (representado por Walter Matthau) pedindo-lhe que compareça à Embaixada Americana no dia seguinte, exatamente às 12:30 horas. No encontro, Bartholemew lhe mostra quatro fotografias que ela reconhece como sendo do marido e de três desconhecidos que estiveram nos seus funerais. Bartholemew lhe diz, então, que durante a 2ª Guerra Mundial, os quatro e mais Carson Dyle, morto em combate, receberam US$ 250.000 dos Estados Unidos, em barras de ouro, para serem entregues a um grupo da resistência francesa, mas os cinco decidiram roubar as barras, enterrando-as num local conhecido por eles para reaverem após a guerra. Bartholemew diz ainda que o dinheiro pertence ao governo americano e que os três homens que estiveram nos funerais de Charles não descansarão enquanto não encontrarem o dinheiro e, por isso, acredita que Reggie está correndo perigo de vida.
Peter vai ao encontro dos três homens mencionados, Tex Panthollow (representado por James Coburn), Herman Scobie (representado por George Kennedye) e Leopold W. Gideon (representado por Ned Glass), aos quais diz que eles estão prejudicando seu trabalho, já que Reggie confia nele e, assim, é o único com reais chances de chegar aos US$ 250.000. Quando Peter volta a procurá-la, Reggie lhe diz que soube que ele, na realidade, chama-se Dyle e lhe pede explicações. Ele, então, confirma chamar-se Alex Dyle, irmão do morto Carson Dyle. Depois de mais um contato com Bartholemew, Reggie vem a saber que Carson nunca teve um irmão, o que a deixa muito mais insegura e intrigada.
Quando Scobie e Gideon aparecem mortos, suas preocupações aumentam ainda mais. A Alex, Reggie diz que já sabe que Dyle nunca teve um irmão. Preocupado em perder a confiança da jovem, este lhe pede um voto de confiança ao lhe dizer que seu nome real é Adam Canfield.
Quando todos encontram-se numa enorme feira de filatelia, Tex Panthollow percebe que os US$ 250.000 que Charles carregava podem estar nos selos que se achavam num envelope, quando de seu assassinato. Assim, parte em disparada para os aposentos de Reggie, à procura do tal envelope. Adam, que o seguia de perto, corre em seu encalço.
A própria Reggie, ao verificar que o menino Jean-Louis (representado por Thomas Chelimsky), filho de sua amiga Sylvie Gaudet, teve os três selos que ela lhe presenteara trocados por um filatelista por mais de 20 outros exemplares diferentes, ela corre até este que, corretamente, os devolve alegando que aqueles três selos valem em torno de US$ 250.000.
Ao encontrar Panthollow morto por asfixia, tendo escrito o nome Dyle antes de morrer, Reggie não tem dúvidas de que o assassino é Adam. Por telefone, comunica-se com Bartholemew, o qual marca um encontro com ela junto ao Palais Royale. Adam a segue. Os dois homens, ambos armados, tentam por as mãos nos selos que Reggie transporta. Durante o embate, Bartholemew confessa que seu nome real é Carson Dyle, dado como morto em combate e responsável pela morte dos quatro antigos colegas, que tentaram roubar-lhe os US$ 250.000. O embate entre os dois personagens continua até que Dyle cai morto.

A Adam, Reggie diz que, no dia seguinte, vai à Embaixada dos Estados Unidos entregar os três valiosos selos ao governo americano. Ao chegar à Embaixada, é informada que deve procurar o Sr. Brian Cruikshank, responsável pelo assunto. Assim, ela sobe até sua antessala, onde se apresenta à secretária dele. Depois de consultá-lo pelo interfone, a funcionária diz à Reggie que o Sr. Brian a aguarda em seu gabinete. Ao entrar em sua sala, ela se depara com a figura de Adam, a quem diz que, a essa altura, não sabe se o chame de Peter, Dyle, Adam ou Brian.