Judeu. nascido em 31 de dezembro de 1908, em Buczacz, no antigo Império Austro-Húngaro e atualmente Ucrânia, dedicou sua vida a perseguir criminosos de guerra nazista depois de ter sobrevivido aos horrores dos campos de concentração.

Formado em arquitetura pela Universidade Praga, veio a instalar-se em Lvov, na Polônia, em 1936. Esta cidade foi ocupada pela União Soviética durante a Segunda Guerra Mundial e, em 1941, quando a Alemanha atacou os soviéticos, Wiesenthal foi detido e enviado para um campo de extermínio. Durante mais de quatro anos passou por diversos destes campos até ser libertado do de Mauthausen, em maio de 1945, pelos norte-americanos. Na altura em que foi libertado, sabia de cor o nome de mais de 90 soldados e comandantes alemães, dos quais ajudou a capturar 70.
Simon Wiesenthal reencontrou a mulher, que sobreviveu garças a uma falsa identidade, e foram viver para Linz, na Áustria.
Em 1947 Wiesenthal criou um centro de documentação relacionado com as vítimas do Holocausto e destinado a descobrir provas contra os responsáveis pelo genocídio dos judeus. As suas pesquisas vieram a possibilitar a captura de mais de mil criminosos de guerra nazis, entre os quais Adolf Eichmann.

Este oficial alemão foi o responsável, nomeado por Adolf Hitler, pela organização do transporte de judeus para campos de concentração e em 1962, em Israel, foi condenado à morte. Wiesenthal também conseguiu levar à Justiça Franz Stangl, comandante do campo de Treblinka. Outro dos nazis que ajudou a apanhar foi o oficial da Gestapo Karl Silberbauer, responsável pela detenção de Anne Frank, judia conhecida por ter escrito um diário sobre os horrores que viveu durante a guerra.
Uma das grandes frustrações de Wiesenthal foi não ter apanhado Josef Mengele, que havia fugido para o Brasil.
Simon Wiesenthal, que se dedicava também a dar palestras em todo o mundo sobre o Holocausto, abandonou a procura de criminosos nazistas, em 2003.
O seu contributo para Humanidade levou a que, em 2004, a rainha Isabel II de Inglaterra o ordenasse cavaleiro. Recebeu também a Medalha Presidencial da Liberdade dos Estados Unidos da América.

Paralelamente, Simon Wiesenthal interessou-se por colecionar selos, desde  1948, quando visitou um médico por causa de insônia severa. Segundo observou:

“Ele sugeriu que eu fizesse algo à noite para tirar minha mente dos meus problemas e foi assim que comecei a colecionar selos postais”.

Afirmou ainda que:

“Meu hobby desde então me proporcionou muitas horas agradáveis ​​e me ajudou a conhecer pessoas em muitos países.”

Simon Wiesenthal faleceu a 20 de setembro de 2005, em Viena.

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