O estabelecimento dos serviços postais no Brasil do século XIX ocorreu de maneira simultânea aos processos de construção do Estado nacional e de formação do mercado. Entre 1829 e 1865, o governo brasileiro introduziu uma série de reformas administrativas e fiscais que buscavam assegurar o monopólio do Estado sobre a remessa de correspondências, dentre as quais destacam-se a criação da Diretoria Geral dos Correios, a uniformização das tarifas postais e a adoção do sistema de porte pré-pago com base no uso de selos. É também nesse contexto que assiste-se à expansão burocrática, financeira e infraestrutural dos serviços postais, processo que fez da Corte o principal centro receptor e expedidor de correspondências do país. Com base em uma ampla gama de documentação formada por atos administrativos; debates parlamentares; dados estatísticos e financeiros; etc., essa tese de autoria de Perola Maria Goldfeder Borges de Castro tem como propósito contribuir com o progresso dos estudos sobre o Oitocentos brasileiro, ao analisar os aspectos políticos, regulamentares, fiscais e infraestruturais que caracterizaram a instituição dos serviços postais. Para isso, a autora busca responder à seguinte questão: como os Correios contribuíram para que Estado, território e mercado se consolidassem no Brasil?
OBS.: Já publicamos, aqui no Blog, um artigo da autora que pode ser consultado em: