Os trânsitos de Vénus são fenômenos astronômicos muito raros. Quando o Sol, Vênus e a Terra se encontram num alinhamento quase perfeito, podemos observar, com instrumentos apropriados, um pequeno disco escuro – a silhueta de Vênus – atravessando o brilhante disco do Sol.
Tal como Vênus, também Mercúrio, o outro planeta com uma órbita interior à da Terra, se atravessa em frente ao Sol.
Mas devido às particularidades da sua órbita, os trânsitos de Mercúrio são mais frequentes, em média registam-se 13 por século. Os trânsitos de Vénus ocorrem aos pares separados por oito anos. Por sua vez, cada um destes pares acontece, alternadamente, passados 105,5 e 121,5 anos.
No dia 5 de junho de 2012 ocorreu o último trânsito do planeta Vênus. O próximo ocorrerá somente em 11 de dezembro de 2117.
Este fenômeno tem chamado a atenção dos estudiosos. No trânsito de 1761, por exemplo, entre os observadores destaca-se o astrônomo portuguese Teodoro de Almeida, que atuou a partir da cidade do Porto.
No trânsito de 1769, por sua vez, a Royal Society organizou uma missão de exploração colonial liderada pelo capitão inglês James Cook (1728 – 1779), que observou o evento com sucesso no Taiti.