O levante húngaro (em húngaro: 1956-os forradalom) principiou em 23 de outubro de 1956, como uma manifestação estudantil ocorrida em Budapeste, que exigia o fim da ocupação soviética e a implantação do “socialismo verdadeiro”.

(Carimbo Comemorativo)

Quando os estudantes tentaram resgatar alguns colegas que haviam sido presos pela polícia política do regime, esta abriu fogo contra a multidão.

No dia seguinte, oficiais e soldados juntaram-se aos estudantes nas ruas da capital. A estátua de Josef Stálin foi derrubada por manifestantes que entoavam coros com as seguintes palavras de ordem: “russos, voltem para casa”, “abaixo Gerő” e “viva Nagy”.

(Imre Nagy)

Em resposta, o comitê central do Partido Comunista Húngaro recomendou o nome de Imre Nagy para a chefia de governo.

(Inteiro Postal)

Em 25 de outubro, tanques soviéticos dispararam contra manifestantes na Praça do Parlamento. Chocado com tais acontecimentos, o comitê central do partido forçou a renúncia de Gerő substituindo-o por János Kádár.
Nagy foi à Rádio Kossuth e anunciou a futura instalação das liberdades, tendo por base:
✅ o multi partidarismo,
✅ a extinção da polícia política,
✅ a melhoria radical das condições de vida do trabalhador e a
✅ busca do socialismo condizente com as peculiaridades  nacionais da Hungria.

Em 28 de outubro, o primeiro-ministro Nagy vê as suas opções serem aceites por todos as instâncias do Partido Comunista. Os populares desarmam a polícia política.
Em 30 de outubro, Nagy comunicou a libertação do cardeal Mindszenty e de outros prisioneiros políticos. Reconstituíram-se os Partidos dos Pequenos Proprietários, Social-Democrata e Camponês Petőfi.

O Politburo Soviético decidiu, numa primeira fase (30 de outubro) mandar as tropas sair de Budapeste, e mesmo da Hungria se viesse essa a ser a vontade do novo governo. Mas no dia seguinte voltou a trás e decidiu-se pela intervenção militar e instauração de um novo governo. No dia 1º de novembro, o governo húngaro, ao tomar conhecimento das movimentações militares em direção a Budapeste, comunicou a intenção húngara de se retirar do Pacto de Varsóvia e pediu a proteção das Nações Unidas.

(Sobrecarga)

Em 03 de novembro Budapeste foi cercada por mais de mil tanques. Em 04 de novembro, o Exército Vermelho invadiu Budapeste, com o apoio de ataques aéreos e bombardeamentos de artilharia a Hungria, derrotando rapidamente as forças húngaras. Calcula-se que 20.000 pessoas foram mortas durante a intervenção soviética. Nagy foi preso (e posteriormente executado) e substituído no poder pelo simpatizante soviético János Kádár. Mais de 2 mil processos políticos foram abertos, resultando em 350 enforcamentos. Dezenas de milhares de húngaros fugiram do país e cerca de 13 mil foram presos.

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