O escudo nacional mexicano, adotado por um decreto datado de 04 de abril de 1823, apresenta uma águia devorando uma cobra cascavel e empoleirada sobre um cacto espinhoso (nopal ou palma), espécie típica do México.
Logo abaixo desse conjunto de elementos aparecem um lago e ramos de carvalho e louro. Uma das interpretações para o escudo remonta aos astecas, povo pré-colombiano que viveu na região central do México entre os séculos XIV e XVI.
Segundo contam as lendas dos povos pré-colombianos, a presença de uma águia sobre um cacto indicaria o local ideal para a instalação de uma cidade. Foi essa a imagem que os astecas visualizaram na região do lago Texcoco, no Vale do México, o que os levou a construir a cidade que viria a ser a capital do Império Asteca, Tenochtitlán. A história de fundação da capital asteca é somente uma das várias interpretações possíveis para o escudo mexicano.
Acredita-se que a adição da cobra tenha influência das crenças trazidas pelos espanhóis, como se representasse a luta do bem contra o mal. Da mesma forma, o loro e o carvalho seriam símbolos de origem europeia.
Outra leitura do escudo indica a representação das deidades dos povos pré-colombianos. A águia seria uma das formas pelas quais o deus Huitzilopochtli se manifestaria, sendo ele o deus da guerra e responsável pela ida do povo asteca até a região onde foi erigida a capital do império.
A serpente seria a representação do deus da sabedoria e do aprendizado, Quetzalcoatl, presente também em outras culturas mesoamericanas. A forma como as figuras da águia e da cobra aparecem no escudo indicaria um embate entre esses deuses.
