“Ninguém canta como eu a palavra “fome” ou a palavra “amor”.
Sem dúvida porque eu sei o que há por trás destas palavras.” (Billie Holiday)

Billie Holiday, nome artístico de Eleanor Fagan Gough, nascida na Filadélfia, Pensilvânia, Estados Unidos da América, no dia 07 de abril de 1915. Filha do músico Clarence Holiday e de Saddy Fagan, que tinham respectivamente 15 e 13 anos, quando Billie nasceu. Foi de fato criada por uma tia que morava na cidade de Baltimore.
Com 10 anos de idade, Billie foi vítima de um estupro por um vizinho e então foi levada para uma casa de amparo a meninas vítimas de abuso. Com 14 anos foi morar com sua mãe no Harlem, reduto da comunidade negra de Nova Iorque. Começou a se prostituir, mas foi detida e passou quatro meses na prisão.

Com 15 anos, vendo sua mãe ser ameaçada de despejo do quarto que moravam, se dirigiu a um bar em busca de trabalho, conseguindo seu primeiro emprego como cantora. Passou dois anos cantando em bares do Harlen. Em 1932, chamou a atenção do produtor John Hammond, que a levou para gravar seu primeiro disco nos estúdios da CBS.
Sem nenhum estudo de canto, Billie não sabia ler partituras, cantava principalmente baladas lentas. Suas referências eram Bessie Smith e o trompetista Louis Armstrong, que ela ouvia nos bares que trabalhava. Em novembro de 1933, acompanhada da banda de Benny Goodman, gravou “Your Mather’s Son-in-Law” e “Rifin’ The Scotch”. Com o apelido de Lady Day, dado pelo saxofonista Laster Young, começou sua carreira profissional.

Pouco a pouco, foi ganhando prestígio no mundo do Jazz. Cantou com várias bandas e gravou uma série de músicas com o saxofonista Lester Young. Mudou a batida e a melodia das canções que interpretava. Ganhou fama se apresentando com as orquestra de Duke Elington, Teddy Wilson, Count Basie e Artie Shaw e também ao lado de Louis Armestrong, já com o nome artístico de Billie Holiday.
Em 1939, com sua interpretação de “Strange Fruit”, uma canção de protesto contra o racismo nos Estados Unidos, viu sua carreira se consolidar. “Strange Friut” e “God Bless The Child” se tornaram as canções mais simbólicas de sua carreira. Entre outras canções destacam-se: “Trav’ lin Light”, “Gloomy Sunday”, “Lover Man”, “Summertime”, “Crazy Calls Me” e “Body and Soul”.

Billie Holday passou a vida sendo explorada por maridos infiéis, empresários e amantes desonestos. Apesar do sucesso, mergulhou no álcool e nas drogas. A heroína foi especialmente a droga devastadora para sua voz e precipitou sua derrocada artística. Na Filadélfia, ela foi presa por posse de entorpecentes, e perdeu a credencial que a autorizava cantar nas melhores casas de espetáculos, ficando relegada a cabarés. Magoada, a cantora comentava: “Quando eu morrer, não quero saber se irei para o céu ou para o inferno. Só não quero ir para a Filadélfia”.

Em 1956 publicou sua autobiografia intitulada “Lady Sings The Blues”. Em 1959 foi diagnosticada com cirrose hepática.
Billie Holiday faleceu em Nova Iorque, Estados Unidos, no dia 17 de julho de 1959.

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