Na época pré filatélica, mais precisamente na Suécia e na Finlândia, se costumava fixar penas de ave nas correspondências aproveitando o lacre de cera com o qual se fechava a mesma. Este tipo de cartas eram denominadas na Suécia de “Fjäderbrev“.

(Lacre com pluma)

Esta “marca”, fruto dos costumes locais, significava que o remetente solicitava que se desse a “carta emplumada” um serviço similar aos de urgência ou expresso que existem atualmente.
Esta prática consuetudinária se conhece desde a metade do século XVIII e durou até meados do século XIX. Terminou com o advento dos selos postas e a reorganização dos serviços dos correios.
Este tipo de carta era usada preferencialmente em correspondências de caráter oficial, transportada pelo correio real da coroa sueca em suas comunicações com os diversos governos provinciais, embora existam peças despachadas por particulares.
Para a utilização das plumas havia um código: onde poderiam ser fixadas de 1 a 3 penas na carta. Três significavam “mensagem muito urgente”. Com a diminuição do número de penas ia diminuindo a urgência.
Sobre o ponto de vista filatélico, em 1984 o correio sueco emitiu uma caderneta para divulgação de uma exposição filatélica, mais precisamente a Stockholmia’86. A mesma continha em seu interior 4 selos (gravados por Slania) que mostravam diversos momentos da historia postal sueca. Um destes selos, reproduzido abaixo, era dedicado as “cartas emplumadas”.

Abaixo temos uma ampliação de um detalhe deste selo e uma outra curiosidade que os apresenta:

Aparece neste detalhe da emissão postal sueca uma marca feita a pena que consiste em umas linhas onduladas atravessadas por 2 linhas horizontais e uns sinais (indicações) que representam coroas. Pois bem, esta marca se chama “Kronoslinga” e indica que esta carta devia enviar-se através do correio da coroa real sueca.

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