Euclydes Pontes nasceu, em 16 de fevereiro de 1908, na cidade do Rio de Janeiro. Na seara profissional estudou engenharia civil e militar, galgando o posto de general do exército, em 1965.
No campo filatélico, hobby que começou em 1932, por sua vez, dedicou-se primeiramente ao colecionismo de selos nacionais.
Todavia temático por definição foi um dos primeiros a ter uma coleção organizada nesta classe competitiva, já nos anos 40, intitulada “A Solidariedade Continental Americana”, inspirada no cinquentenário da União Pan-Americana. Essa coleção recebeu várias medalhas de ouro em diversas exposições, com este trabalho.
No entanto, foi com outra de suas coleções, de temática religiosa, intitulada “Maria Medianeira de Todas as Graças”, que ele obteve suas maiores premiações nacionais e internacionais. Essa coleção chegou a ter 40 volumes, com cerca de 500 páginas, e foi doada por ele ao Santuário de Nossa Senhora de Fátima, em Portugal.
Católico fervoroso, Euclydes Pontes também teve outras coleções versando sobre temas religiosos, tais como:
✅ “O Arcanjo Gabriel”,
✅ “Natal na Filatelia”,
✅ “Maximafilia Religiosa”,
✅ “Eucaristia” e
✅ “Viagens de S.S. o Papa João Paulo II”.
Colecionou também carimbos religiosos do Brasil.
Teve ainda, na filatelia organizada, uma atuação destacada em diferentes órgãos. Além de incentivar clubes e movimentos associativos no campo da Filatelia, fundou vários deles, sendo sócio vitalício, honorário, benemérito e Presidente de Honra de várias entidades, tanto no Brasil quanto no exterior.
Euclydes foi representante brasileiro na Comissão Filatélica da Secretaria da OEA, Presidente da União Mundial San Gabriel (1972-76) e, com a criação da Federação Brasileira de Filatelia (FEBRAF – 1976), tornou-se seu primeiro Presidente, cargo para o qual foi reconduzido por cerca de vinte anos.
Durante esse período, ele organizou diversas exposições nacionais, binacionais, FIAF e FIP.
Vale destacar que a Brasiliana 79 incluiu, como parte mais destacada, a III Exposição Mundial de Filatelia Temática.
Euclydes também presidiu a Federação Interamericana de Filatelia (FIAF) por duas vezes (1984-1985 e 1989-1990).
Desde 1979 passou a integrar o quadro de jurados da FIP.
Além disso, deixou uma valiosa contribuição no campo da literatura filatélica, tanto em publicações nacionais quanto estrangeiras, abordando especialmente a temática religiosa, mas não somente. Escreveu, dentre outros:
✅ Os selos do Brasil e o Panamericano (1946) e
✅ A Filatelia Argentina e o Panamericanismo (1950).
Conquistou inúmeros títulos, recebendo a “Medalha de Aplicação” concedida pela FIP (1993) e a “Medalha ao Mérito” da FIAF.
Faleceu em 10 de novembro de 2002.
