Hoje apresentamos, aqui no Blog, a história de Owney, um cão carteiro que se tornou uma verdadeira “lenda” em Nova Iorque, no final do século XIX. O animal era de fato um carteiro de quatro patas que “trabalhava” na estação dos correios de Albany (capital do estado norte-americano de Nova Iorque).
Dizem que Owney foi atraído pela textura e aroma dos sacos de correspondência e, quando seu primeiro dono morreu, o cão ficou com seus novos amigos: os trabalhadores dos correios.
O cão começou a seguir as malas postais, primeiramente nos carros e, em seguida, no trem.
Owney começou a montar (sentar / deitar) nos sacos postais no escritório dos correios, seguindo no trem que ligava as áreas mais próximas, num segundo momento, o animal viajou por todo o estado e depois pelo país inteiro.

O espírito aventureiro deste lendário cão e sua grande fixação pelos sacos postais, fez com que ele, em 1895, segundo se conta, viajasse ao redor do mundo. De Albany ele viajou primeiro de trem e depois de barco a vapor para a Europa e Ásia.
Por causa de suas façanhas, os trabalhadores postais e ferroviários consideravam o cão como um verdadeiro amuleto da boa sorte, mormente pois estamos nos referindo aos tempos em que viajar de trem era algo extremamente perigoso.

Acredita-se que o trem em que o cão estava nunca teria qualquer acidente. E foi assim que os empregados ferroviários dos correios adotaram-no como seu mascote oficial.
A simpatia era tão grande pelo animal que os trabalhadores postais colocavam medalhas de mérito no pescoço do cão cada vez que ele realizava uma nova jornada e regressava para Albany, são e salvo.

A medida em que o anima viajava, somava uma nova medalha ao redor do pescoço, até que o Diretor Geral dos Correios a época, Sr. John Wanamaker, fã de Owney, notou que no pescoço do animal já não cabia mais condecorações.
Assim, Wanamaker decidiu comprar um peitoral para o cão poder exibir todas as merecidas medalhas recebidas.
Em junho de 1897, o cão embarcou em um trem com destino para Toledo, Ohio. Enquanto estava lá, um repórter cobriu sua última viagem.

O cachorro ficou doente em Ohio e, embora não tenha sido informada as circunstâncias exatas, morreu em Toledo, com uma ferida de bala, em 11 de junho de 1897.
Acredite-se entretanto que nesta época o cão já estivesse velho e doente. Porém, segundo se conta, depois que um carteiro morreu, um agente federal americano foi investigar o incidente e Owney estranhou o homem e tentou atacá-lo, como consequência teria sido baleado fatalmente.
Os trabalhadores dos correios levantaram fundos para conservar a memória de Owney. O corpo empalhado do animal está atualmente no Smithsonian Institution, onde permanece desde a sua morte.
Atualmente, ele pode ser visto em exposição no átrio do Museu Nacional Postal, com sua coleira e rodeado por vários de seus enfeites.
Cabe ainda considerar que o cão foi imortalizado num selo postal emitido pelos correios americanos, no ano de 2011 (reproduzido na chamada).

Antes de concluir esta postagem cabe lembrar que Owney não foi o único cão carteiro! Durante a década de 1880, na CA, uma mistura de Collie / Shepard chamada Dorsey levou correspondência usando uma pequena bolsa amarrada às costas. Kenny Rogers tem uma canção intitulada “Dorsey, o Mail Carrying Dog”.