Clara Schumann nasceu em Leipzig, no dia 13 de setembro de 1819 tendo como nome batismal Clara Josephine Wieck. Filha da cantora Marianne Tromlitz e de Friedrich Wieck, renomado professor de piano, cresceu em meio às aulas de música e aos instrumentos comercializados por seus pais, na casa conhecida pela marca do Grande Lírio, localizada na Praça do Mercado.

Sua infância foi marcada por dois fatores cruciais:
✅ a separação dos pais, quando tinha quatro anos e
✅ a chegada de seu futuro marido Robert Schumann, quando tinha onze.
Ao divórcio dos pais Clara reagiu com o silêncio, não pronunciando uma só palavra até quase os cinco anos de idade. O amor de Robert, por sua vez, inspirou sua música. Clara foi uma das poucas compositoras do Período Romântico a ter obras publicadas e apreciadas pela crítica especializada da época.

(Carimbo Comemorativo)

Aos onze anos deu-se o primeiro recital de piano solo na Gewandhauss de Leipzig, seguindo-se uma renomada carreira internacional que termina com sua morte. Composições próprias sempre figuraram em seus programas de concerto, frutos das aulas de composição e orquestração com os mais conceituados mestres do século XIX.

Clara conheceu Robert Schumann (Zwickau, 8 de junho de 1810 — Endenich, Bona, 29 de julho de 1856) quando este veio estudar com seu pai, em 1830.

Nove anos mais velho que a menina, o jovem encantou-a com sua criatividade e irreverência romântica. Resistente, o pai de Clara fez com que o casamento tivesse que superar um processo judicial que duraria quase 2 anos, ao final do que os enamorados se casaram em 1840.

Esposa de Schumann, Clara passou a dividir seu tempo entre lecionar, compor, dar concertos e ocupar-se do cuidado e da organização da família. Tiveram oito filhos. Robert trocava periodicamente de emprego, levando a família a mudar de cidade constantemente. Por trás da aparente dificuldade do mesmo em se adaptar às condições que lhe eram oferecidas, havia uma grave doença mental que atingiria o ápice em 1854: Robert se atira ao Reno e pede para ser internado em uma clínica em Endenich. Lá viria a falecer dois anos depois, deixando Clara viúva aos trinta e seis anos de idade e com sete filhos para criar. Um já havia falecido.

Após todos estes acontecimentos Clara encerra a carreira de compositora para dedicar-se às turnês de concertos, que proporcionavam mais rendimentos para si e para a criação da prole. Dedica-se também, com a colaboração do amigo e confidente Johannes Brahms, a editar e publicar toda a obra de Robert Schumann. Clara também foi importante divulgadora da obra de Frédéric Chopin na Alemanha, além de fazer primeiras audições de obras de Félix Mendelssohn, Johannes Brahms e muitos outros. Como concertista respeitada que era, antecipou em muitos anos a aceitação de obras inovadoras, como foi o caso da Kreisleriana de Robert Schumann.

Faleceu em Frankfurt am Main, aos 20 de maio de 1896.

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